Cartas à Directora

Abaixo assinados

Quando da tomada de posse dos últimos Governos, em 30 de outubro e em 26 de novembro, todos os membros disseram: “Eu, abaixo assinado, afirmo solenemente pela minha honra que cumprirei com lealdade as funções que me são confiadas”. Ora a verdade é que só depois da leitura deste compromisso é que o foram assinar e consequentemente não eram, no momento, abaixo assinados. O rigor mandaria que primeiro assinassem e só depois lessem ou dissessem o compromisso. Ou, então, fosse alterada a expressão “eu, abaixo assinado”, para “eu, que abaixo assinarei.”

Isto é uma coisa simples que qualquer criança anotará sem expor ninguém à chacota, mas sim ao rigor das palavras e à sequência dos atos. As cerimónias foram vistas por milhões de portugueses através da Televisão e merecem o máximo do rigor, não sendo admissível que antes de iniciar as suas funções os empossados sejam menos verdadeiros, dizendo-se abaixo assinados quando ainda nada assinaram.

João José Edward Clode, Lisboa

Novo Governo suspende abate nos canis

Das novas medidas do Governo, Feriados, Salário Mínimo, Pensões, e outras, é de registar, e bem, travar o abate nos Canis. É de salientar, que esta medida, faz parte, de algumas ideias, do PAN (Pessoas, Animais e Natureza) que conjuntamente, com o PS, BE, PCP e PEV, apresentarão na próxima semana, na Assembleia da República, o novo Programa do Governo. É evidente, que esta medida implica custos, ao que consta, cada abate (60 euros), mas o nosso animal de estimação, o cão, não merece mais do que isso? Claro que sim. As despesas com os carros de luxo dos Senhores Governantes, e outras,  não serão superiores? Claro que são.  Com os meus Cumprimentos

Tomaz Albuquerque, Lisboa

O Mau Perder da Direita 

Empossado o Governo, quase 2 meses após as eleições, os partidos da coligação de direita, que então perderam a maioria absoluta, insistem em afirmar que foram os vencedores, tentando suportar a ideia que o governo do PS não é legítimo.

Argumentar que, pela “tradição”, sempre se permitiu que os partidos ou coligações mais votados, mesmo que minoritários, formassem governo, revela desonestidade intelectual dado que tal resultou exclusivamente da vontade então manifesta pelos deputados eleitos e não por efeito de qualquer “tradição”. Assim e da mesma forma, o derrube do Governo no passado dia 10 de Novembro resultou não da quebra de qualquer “tradição”, mas sim da ausência de suporte parlamentar, traduzida na votação maioritária da moção de rejeição pelos deputados eleitos.  

Falaciosa é também a insistência na ilegitimidade do governo do PS com apoio parlamentar dos partidos à sua esquerda por tal não ter sido considerado na campanha eleitoral. Não sendo verdade, pois tanto o PS como os partidos à sua esquerda consideraram essa necessidade, o argumento é revelador da hipocrisia da direita, que já consideraria legítimo um governo seu com o suporte do PS, como se essa possibilidade tivesse sido considerada na campanha eleitoral, quiçá mesmo sufragada!

José Carlos Romeu, Lisboa

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