Cartas à Directora

Estejam tranquilos: por cá nada mudou

Então mas em que é que andamos? Sempre os mesmos? Sempre à volta dos mesmos grupinhos? Não há mais ninguém?

É porque não querem aceitar ou porque nem sequer se procuram? Escolhe-se em paga de dívidas e favores? Fazem-se os outros parvos?

Ministros e secretários  que frequentam almoços e jantares de pessoas pouco recomendáveis, que têm a lata continuada de gozar com a placidez destes papalvos que somos todos? Não havia melhores? Indivíduos arrogantes, cheios de soberba e pouca educação , indivíduos lambe-botas, que vivem alimentados na lambidela? Gente que está tão próximo da cultura como da física nuclear?

Afinal o que é isto?

Isto é o grande desprezo e o grande gozo, a grande borrifadela sobre todos nós, seres imundos que lhes damos o votinho ( agora já sem se saber se o votinho vale para mais ou para menos, se o que conta é o que tem menos ou o que tem mais) , que seremos lembrados daqui a quatro anos , o que pela apresentação da coisa, faz desconfiar que será bem mais cedo.

Que raio de esperanças é que nos servem em caldos  de galinha que  se servem à mesa tépidos e sem carne nenhuma? Só ossos e água, nada mais do que isso.

Luis Robalo, Lisboa

 

Sindicato responde ao IGT

Nos termos do direito de resposta previsto na Lei da Imprensa, o Sindicato dos Inspetores do Trabalho (SIT) vem refutar as declarações prestadas pelo Sr. Inspetor-Geral do Trabalho (IGT) da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) em entrevista ao jornal PÚBLICO do dia 19/10/2015, na qual demonstra a sua visão da ACT como um organismo que valoriza a cobrança de coimas, não olhando a meios para o fazer, e assume a total desconsideração e desrespeito para com os Inspetores do Trabalho (IT) e para com a Lei que deveria fazer cumprir.

Quando os IT reagem legitimamente, porque as decisões desta direção têm consequências contrárias à gestão eficiente e eficaz dos parcos recursos da ACT e que a afastam da sua missão de promover a melhoria das condições de trabalho, vem o Sr. IGT destratá-los, retratando-os como "conservadores" avessos à mudança.

Mas não só os destrata desta forma como também os discrimina perante a lei, invocando os seus salários duplamente cortados para tentar manipular a opinião pública a seu favor. E são "duplamente" cortados porque, para além dos realizados devido à crise, também o Sr. IGT tem cortado de forma ilegal os salários dos IT que têm aderido à greve ao trabalho suplementar, perseguindo-os nos seus direitos. Neste e não só. Também defende que os IT não têm de usufruir do pleno direito à parentalidade, porque diz que recebem mais que os funcionários públicos — o que não é verdade.

Os IT não só não se revêm numa política que valoriza a quantidade de visitas e a quantidade de coimas cobradas, como repudiam a forma como o Sr. IGT os têm tratado e que deveria dirigir com eficácia e eficiência, para que a ACT prosseguisse a sua nobre missão: "promover a melhoria das condições de trabalho".

Carla Maria Silva Cardoso Monteiro, presidente da Direcção do SIT

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