Cartas à Directora

Não há nada a fazer

A condição que faz de nós seres vulneráveis, e, porque disso temos consciência somos ainda mais vulneráveis, é a condição humana. A acrescentar a essa condição temos sobre nós o poder de quem pode e manda. Se esse poder permitir ou deixar permitir a imiscuição da fraude e da corrupção nas nossas vidas, então será difícil, para não dizer impossível vivermos. Veja-se o que se está a acontecer no nosso país: instituições, pessoas/personalidades até aqui com todo o crédito e em quem depositamos todas as nossas esperanças, foram ou estão ser apontadas como causadoras da desesperança de muitos, talvez de forma irreversível. Para que consigamos voltar a viver, quer dizer ter esperança no futuro. Não sobreviver, como acontece agora a uma grande parte de portugueses. Talvez não tivessem nada que nascer em Portugal. Isto estava tudo reservado para os "outros".

Por isso, esperamos, pelo menos eu espero, que a tal condição que falava em cima não se torne cada vez mais na sombra dos nossos pesadelos. Pedimos, peço, a quem pode e manda, o seu orgulho patriótico de nos aliviar da crença que por aí anda: não há nada a fazer. Não acredito, mas, nunca se sabe. A ver vamos.

Gens Ramos, Porto

 Do “Lapidar do Diamante” do Cante !

Não vou gastar tempo com o imenso regozijo do Reconhecimento Mundial do Cante, pois já tudo foi dito por pessoas com bom conhecimento de causa.

A minha preocupação e alerta, tem a ver com a indispensabilidade dum tratamento rigoroso, competente e em cooperação das imensas potencialidades que o nosso Cante abre ao desenvolvimento da nossa região. Desenvolvimento económico com Cultura Humanista!

Faço, pois, votos que “quem de direito”, consiga projetar uma estratégia global e convergente da imensidão de Agentes e Atores que podem e devem ser mobilizados para uma implementação de qualidade máxima a todos os níveis. Haja escala global e vivências locais!

O pior, mesmo o péssimo, é que cada um ou uma começassem a “disparar” eventos e empreendimentos locais, sem qualquer conjugação e lógicas comuns.

Que impere o bom senso, a bem do nosso desenvolvimento!

José Carlos Albino, Messejana

 

Cristãos e ortodoxos

Enquanto na Índia, os elefantes são enfeitados com adereços natalícios, nas praias australianas o pai Natal chega de prancha. Nada que surpreenda cristãos e ortodoxos celebrando em datas diferentes a festa que comemora o nascimento de Jesus feito menino. Se Jesus deu a vida para nos salvar, os homens fazem da vida um inferno. As cyberguerras afirmam-se como a vitória dos números sobre as palavras. A literatura cibernética vai ser disciplina obrigatória no ensino secundário. As novas tecnologias vão avivar e colocar em disco rígido as velhas tentações da superioridade e vaidade. Para disparar uma arma não é necessário curso superior as crianças-soldado são claro exemplo. Um” Deus” cibernético vai despontar. Os crucifixos são substituídos pelos computadores e as contas do rosário pelo teclado. Que Deus nos ajude!

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

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