Cartas à Directora

Notícias de última hora e outras a desoras

O referendo na Escócia deu no que deu e tudo ficou na mesma (ou não?).

Mas antes o FMI – o Fundo que Manipula os Incautos – alertou que se o SIM ganhasse, a incerteza económica pairaria e haveria reacções negativas nos mercados. Estes pulhas metem-se em tudo.

Entretanto, a Catalunha continua em lume brando até que cheire a esturro.

Por cá, o senhor PM e um ex-autarca de Vila Nova de Gaia estão a ser investigados por presumíveis actos ilícitos. Será possível?

Lemos que metade da população portuguesa – cerca de cinco milhões de indígenas - já utiliza telemóveis inteligentes. Serão usados para substituir as suas pobres mioleiras?

As escutas a Sócrates foram destruídas com x-atos, tesouras e alicates. Não teria sido mais cirúrgico contratar-se um bombista?

Cadáveres são mudados a descoberto e transportados em carrinhos de mão. Este ilegal transporte passa-se num cemitério na Trofa sem licença da ASAE.

Uma inspectora da PJ foi absolvida pelo alegado assassínio da avó do marido. A vítima foi atingida com 14 tiros de uma arma com munições da própria PJ. E, afinal, quem foi o assassino? Não teria sido a própria vítima que pôs fim à sua vida?

Agora, vou sair para parte incerta, antes que me acertem o passo.

José Amaral, V.N. Gaia

 

Livros e monopólios

Mal começam as férias, a publicidade a volta de manuais escolares ataca com mais força do que o sol! A imaginação das editoras não tem limites. Além dos manuais há os tais cadernos de actividades e fichas para vender. Por exemplo, o livro de História do 12.º ano mais o caderno do aluno (com o pomposo nome de “O Tempo da História”) custa 47,35 euros. A conversa é sempre a mesma: os suplementos não são de compra obrigatória. Mas há muitas formas de colocar os professores a impingir os caderninhos aos pais dos meninos. É evidente a conivência do Ministério da Educação com as duas grandes editoras de livros escolares. Um dos objectivos da revolução do 25 de Abril era acabar com os monopólios, mas eles continuam a existir e a ser apoiados pelos nossos governantes.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

 

SNS e carreiras médicas

Nos últimos dias têm surgido numerosas notícias acerca dos 35 anos do Serviço Nacional de Saúde, considerando-o, inclusivamente, com a liberdade, as duas maiores conquistas de Abril.

Estou inteiramente de acordo.

O que já não compreendo é a ausência de comentários para se obterem esses bons resultados – ao aparecimento e incremento das carreiras médicas. Efectivamente, ninguém saía do hospital depois de 4-5 anos de internato complementar ou das especialidades, não contando naturalmente com o internato geral necessário para exercer medicina.

Viana de Queiroz, médico, Lisboa

 

 

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