Cartas à Directora

Palestina vs Portugal

Em Portugal, aconteça o que esteja a acontecer pelo mundo que sangra e grita, ninguém mexe uma palha em socorro ou pelo menos para dar sinal da sua existência. Pode cair o Carmo e a Trindade, o Taj Mahal e a Sinagoga La Ghriba, que não faz tremer a nossa condição de apagado e sem fazer borbulhas, de gente que tenta manter-se na sombra da história dos dias que correm ou nos fogem. Somos "o silêncio dos idiotas ou acéfalos inocentes". Na Palestina, o povo árabe que ali luta há muito e desde sempre pela terra sua e pelos direitos seus, negados e espezinhados pelos judeus de Israel, não tem qualquer notada solidariedade em terras lusas, e libertas através também da luta contra o ocupante castelhano. O mesmo já não acontece em França nem na Alemanha, vejam só. Nas capitais destes dois grandes países e de soberbas culturas existem "pequenas Jerusaléns", e nelas se manifestam os seus cidadãos em apoio ao povo massacrado da Palestina, e aonde demonstram o seu nojo contra um regime e um povo, o hebraico, que o Mundo auxiliou e por eles morreu, a tempo de não permitir que se extinguissem nas câmaras de gás aonde os nazis os "acomodavam" a seguir ao banho desparasitante. Mas por irónico que pareça, é em Berlim hoje que se levantam também manifestações em apoio ao povo árabe, em luta permanente e armado de luto numa noita infinda, e contra os "compreendidos hebreus pelos governantes dos anéis ocidentais". O que fazemos entretanto ou entrepouco nós por cá, em favor dos palestinianos? Do nosso governo vassalo e refém dos interesses dos judeus e dos seus guarda-costas norteamericanos nada podemos esperar, vergado que está e habituado a obedecer como lacaio dos interesses capitalistas e fascizantes, que se vão impondo um pouco por entre os fracos políticos que "fazem fracos a forte gente". Porém destes, governo e políticos, não reza nunca, a História. E de nós?

Joaquim A. Moura, Penafiel

Vou dar um novo rumo à minha vida

A partir de hoje, 23/7, vou dar um novo rumo à minha vida no que concerne àquilo que tenho escrito acerca da má política e do rumo nefasto que ela tem produzido em todos nós. Portanto, nada escreverei sobre tal assunto, apesar de agora mesmo estar a falar dela, pois, com as elevadas temperaturas da época, a putrefacção os maus cheiros propagam-se demasiadamente, chegando a produzir quase uma peste difícil de sanar. Outros artífices da pena saberão melhor falar do assunto, apontando os erros grosseiros que nos atormentam no dia-a-dia.
PS – assim, já fico de fora para nada dizer sobre a adesão da Guiné Equatorial à CPLP.

José Amaral, VNGaia

 

Não queremos mais bancos   

Já temos que pagar o BPN, o BPP, o... ainda mais o BES?! Isto é uma tragédia nacional e para a economia é um rombo. Estamos há três anos com a troika e o BCE e ninguém deu por nada? E o regulador – o BdP, também não viu nada? Estranho. A impunidade do poder financeiro, desaguará em inimputabilidade... Soares dos Santos (o «patriota» que paga os impostos na Holanda) veio a público defender a importância de salvar a família Espírito Santo, tendo o descaro de dizer: "Quem deu cabo do país foram as empresas públicas e o Estado"(!)  A ministra das Finanças que ainda é mais fundamentalista do que Vítor Gaspar, disse que ajuda pública ao BES "só em último recurso"... O último recurso está a chegar não tarda! Quem paga? – a populaça.

Vítor Colaço Santos, S. J. das Lampas

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