Cartas à Directora

Miguel Relvas, o eterno protegido de Passos Coelho

Não há dúvida nenhuma que Miguel Relvas seria já hoje, se Passos Coelho "pudesse", novamente ministro. Depois de muitos e variados episódios de sucesso que nunca devemos esquecer, tais como, "A licenciatura de Miguel Relvas", "Miguel Relvas e a crónica da RDP sobre Angola", "Miguel Relvas e o jornal Público", "Miguel Relvas e a Lusa", "Miguel Relvas e a RTP", "Miguel Relvas e a TAP" e  "Miguel Relvas e a Grândola", o que levará Passos Coelho a insistir de novo em criatura de tão baixo nível e que conseguiu a licenciatura, que ainda tem, de forma tão ardilosa? Só ele próprio poderá responder mas, no entanto, a ideia que fica retida é a de que muita negociata os deverá ligar e muitos  super secretos e pecaminosos segredos os unirão! Mais uma vez Passos Coelho promove não a competência, não a qualidade, não a verticalidade, não a honestidade, mas sim, a incompetência, a arrogância, a falta de princípios e de respeito pelos outros.

Manuel Morato Gomes, Senhora da Hora

 

Uma mentira mil vezes repetida

O jornalista Manuel Jorge Marmelo recebeu o Prémio Correntes d'Escritas 2014. O jornalista encontra-se desempregado. Foi com emoção que recebeu a notícia da atribuição do galardão. O autor de “O Homem Que Julgou Morrer de Amor”, assumiu –se como um dos centenas de milhares de desempregados portugueses. O homem que pensou viver do jornalismo enganou-se. Um jornalista ,em Portugal não coloca a vida em risco, como em alguns países, mas coloca a sua honra! Manuel Jorge Marmelo que escreveu “Aonde o Vento Me Levar", tem remado contra os infortúnios da vida, elevando a máxima, ”o poder da palavra é mais forte  que a força do poder”. O autor de ”As Mulheres Deviam Vir com Livro de Instruções”, não segue as instruções do poder! Manuel é um jornalista da mais fina estirpe. Quem leu ”O Amor é Para os Parvos”, sabe que o autor espalha a ternura e aponta o caminho dos afetos na sua escrita.” O Silêncio de Um Homem Só” coloca o autor ao lado de um Hemingway. Em “Uma Mentira Mil Vezes Repetida”, MJM escreve: ”A grande verdade é aquela que vem escrita no livro sagrado e diz que todos somos apenas pó, dele vimos e a ele voltaremos ,pelo que todo o afã é excessivo e um pouco tolo”.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

 

Burkina Faso

Nunca tinha ouvido falar antes neste nome... É o nome de um país. E um dos mais pobres e devastados países da África". O Papa Francisco nomeou um cardeal oriundo de Burkina Faso, que significa "terra de pessoas honestas" e uma das partes mais esquecidas do mundo, não do terceiro, mas do "quarto mundo", leio agora no PÚBLICO. O arcebispo africano agora um dos novos 16 eleitores, diz ´ficou surpreendido com a nomeação ("uma partida?" -pensou), pois se vê como apenas um pastor da savana do Burkina. Francisco escolheu "cardeais-coragem" como este arcebispo de 69 anos que afrontam o poder político e que combatem a pobreza nos seus países. Francisco não escolheu um cardeal apenas da periferia geográfica, mas também das periferias "geoestratégica e da económica". Burkina Faso é uma das economias mais subdesenvolvidas do mundo, com uma taxa de desemprego superior a 70%, com cerca 46% da população a viver abaixo da linha de pobreza e com a taxa de alfabetização mais baixa do mundo. Philippe Ouedraogo, o referido novo cardeal, primeiro cardeal do seu país (paupérrimo), é hoje chamado por Francisco a ser "princípe da Igreja". Duma Igreja que Vasco Pulido Valente ainda critica por ter educado os portugueses "na hipocrisia e na imoralidade"... Há homens que não mudam... não se adaptam, que teimam nas suas velhas ideias, não sonhando nada nem para si nem para o seu país. Há outros, felizmente, que trabalham para um mundo melhor! E vão conseguir!

Céu Mota, Sta Maria da Feira

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