Enfermeiros pedem aumento de 400 euros e reforma aos 57 anos. Mas aceitarão menos

Um enfermeiro com anos de experiência ganha tanto como um colega em início de carreira, 1200 euros ilíquidos. Os sindicatos querem que aumente para 1600.

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TIAGO PETINGA/LUSA

São numerosas as reivindicações dos sindicatos dos enfermeiros. E antigas, também. Até 2009, os enfermeiros tinham uma carreira com cinco categorias, mas nesse ano foram negociadas com os sindicatos apenas duas categorias e uma destas não avançou, entretanto. Por isso é que um enfermeiro com anos de experiência ganha actualmente o mesmo salário de base que um colega em início início de carreira, 1200 euros ilíquidos.

O que os sindicatos têm reclamado é um aumento, deste salário base, para 1600 euros. Para além da revisão da carreira e da grelha salarial, e ainda do alargamento, a todos os enfermeiros especialistas, do suplemento remuneratório decretado após o protesto que parou alguns blocos de parto em 2017, no lote das reivindicações surge a necessidade de serem consagradas as condições de acesso à aposentação voluntária dos enfermeiros aos 57 anos de idade e 35 anos de serviço, com direito a pensão completa. Mas esta é a apenas a base inicial para negociação. 

"Apresentamos as propostas, depois tem que haver cedências de parte a parte. Temos a noção de que as nossas reivindicações não podem ser todas atendidas ao mesmo tempo", explica Catarina Barbosa, um dos rostos do movimento que idealizou a "greve cirúrgica". 

As negociações arrancaram com o anterior ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, que até chegou a admitir que são justas. Só que é necessária a luz verde do Ministério das Finanças. E os enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde são muitos, mais de 40 mil.

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