Saiu mais um recorde para Cristiano Ronaldo

Com um hat-trick frente ao Atlético de Madrid, o internacional português superou Di Stefano e já é o melhor marcador na história do principal derby de Madrid. Em Inglaterra, Wenger empatou Mourinho.

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Cristiano Ronaldo posa para a fotografia depois de ter marcado três golos ao Atlético de Madrid AFP/GERARD JULIEN

A lista já vai longa, mas Cristiano Ronaldo alcançou mais um recorde para juntar ao vasto espólio já existente no seu museu: o mítico Alfredo di Stéfano era, até ontem, o máximo goleador na história dos derbies madrilenos, mas já foi destronado. Com um hat-trick no Vicente Calderón, Ronaldo passou a somar 18 golos nos duelos com o Atlético de Madrid, mais um do que o antigo internacional argentino, e fez o Real Madrid descolar na Liga espanhola. Num sábado com um cartaz de luxo, na Premier League, Giroud empatou José Mourinho no último minuto e Aubameyang, na Bundesliga, levou o Bayern pela primeira vez ao tapete.

Para o Real Madrid e, em especial, Cristiano Ronaldo, foi um sábado perfeito. Ainda antes de o Vicente Calderón, que será demolido, assistir pela última vez ao principal derby de Madrid, o Barcelona não passou do zero em Camp Nou contra o Málaga. Com Suárez castigado, Luis Enrique soube minutos antes de a partida começar que Messi, com uma virose que provocou ao argentino uma indisposição e vómitos, também teria que falhar o duelo com os andaluzes e sem dois terços do famoso “MSN” de fora, o Barcelona dominou, mas falhou sempre na finalização.

Com a certeza de que terminaria a jornada 11 da Liga espanhola na liderança qualquer que fosse o resultado no Vicente Calderón, o Real Madrid contou com um super-Ronaldo para ganhar o derby. Aos 23’, com alguma sorte à mistura (desvio na barreira), CR7 fez o 32.º golo de livre pelos “merengues” e, já na segunda parte, fez o 2-0 também de bola parada: após ser derrubado na área por Godin, o capitão da selecção nacional bisou. Aos 77’, meia dúzia de minutos depois, Ronaldo fechou as contas do derby com um desvio ao segundo poste, batendo o recorde de Di Stéfano.

Em Inglaterra, Arsène Wenger continua sem ganhar a Mourinho no campeonato inglês, mas foi o treinador francês que saiu com um sorriso no final do duelo entre Manchester United e Arsenal. Em Old Trafford, os “red devils”, “a equipa mais azarada da Premier League” — palavras de Mourinho —, foi ligeiramente superior aos “gunners” e conseguiu chegar à vantagem aos 69’, com um golo “espanhol” (assistência de Herrera, finalização de Mata), mas quando parecia que Mourinho ia conseguir o que já não alcança há três meses (duas vitórias consecutivas na Premier League), Giroud fez o que melhor sabe: com um remate de cabeça, colocou a bola no fundo da baliza de De Gea. “[Os jogador do United] sentiram isto como uma derrota, mas eu disse-lhes que o pior era estarem chateados com eles por causa do que fizeram. Não cometeram erros, não podem ter esse sentimento”, analisou no final Mourinho.

Na liderança mantém-se o Liverpool, apesar de Jürgen Klopp ter sido travado (0-0) pelo Southampton de Cédric Soares e José Fonte, que foram titulares. Os “reds” têm, no entanto, a companhia do Manchester City no topo da classificação. Mesmo sem jogar bem, a equipa de Pep Guardiola ganhou por 2-1 em Londres, ao Crystal Palace, com o “resgatado” Yaya Touré a brilhar: o costa-marfinense, que teve no início da época problemas com Guardiola, regressou à equipa e marcou os dois golos dos “citizens”. Em queda livre continua o Leicester, adversário do FC Porto: os campeões em título perderam em Watford e estão apenas dois pontos acima dos lugares de despromoção.

O último jogo do cartaz de luxo de ontem realizou-se na Alemanha e resultou na primeira derrota na Bundesliga do Bayern, o que garante uma sensacional liderança isolada para o RB Leipzig. No imponente Signal Iduna Park, em Dortmund, o Borussia marcou aos 11’, pelo inevitável Aubameyang, e depois o Bayern, apesar da clara supremacia na posse de bola, nunca conseguiu furar a rigorosa defesa da formação comandada por Thomas Tuchel. Raphaël Guerreiro não foi utilizado, enquanto Renato Sanches esteve em campo a partir do minuto 75.

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