Lagarde nomeada para um novo mandato à frente do FMI

A francesa era a única candidata ao cargo de director-geral.

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Lagarde, 60 anos, é bem vista por países como os EUA e o Reino Unido John Thys/AFP

O desfecho era o único possível: sem candidatos concorrentes, a francesa Christine Lagarde foi seleccionada pelo conselho executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o segundo mandato à frente da instituição.

Numa declaração escrita, e de circunstância, Lagarde elogiou o percurso do fundo ao longo do seu último mandato: “Nos últimos cinco anos, o FMI adaptou e fortaleceu a sua capacidade para responder às necessidades dos seus membros e está bem preparado para os ajudar a ir ao encontro dos desafios do futuro”.

Lagarde, de 60 anos, afirmou que “a economia mundial está a atravessar um número importante de transições” e que o FMI, uma entidade global que empresta dinheiro a países em dificuldades financeiras, “continua comprometido com a meta fundamental de assegurar o crescimento económico e a estabilidade financeira através de cooperação internacional”.

O nome de Lagarde, o único a ser proposto para o cargo de director-geral, foi acolhido com entusiasmo por vários países de peso, entre os quais os EUA e o Reino Unido. A ex-ministra francesa – que entre outras pastas teve em mãos a das Finanças, no Governo de Nicolas Sarkozy – tinha sucedido ao também francês Dominique Strauss-Kahn, afastado na sequência de um escândalo sexual. Foi a primeira mulher no cargo.

Nos próximos cinco anos, o FMI terá de se debater com os problemas provocados por um arrefecimento da economia mundial, nomeadamente das grandes economias emergentes, bem como com as dificuldades das economias dependentes do petróleo (o Azerbaijão e a Nigéria estão entre os países à procura de liquidez numa altura de abundância e consequente queda do preço de crude). A situação grega continuará também a ser um dos dossiers a ocupar Lagarde. 

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