Portugal fica mais perto de França

Triunfo frente à Sérvia deixa Portugal no topo do Grupo I e descomplica apuramento directo para o Euro 2016. Ricardo Carvalho e Fábio Coentrão renderam Ronaldo nos golos lusos.

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Comemoração do segundo golo do encontro Patrícia de Melo Moreira/AFP
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Quando há seis meses a selecção portuguesa arrancou a campanha para o Euro 2016 com uma traumatizante derrota frente à Albânia, em Aveiro, poucos apostariam que a equipa nacional seria líder isolada do Grupo I no final da primeira volta da qualificação. Mas é este o cenário depois do triunfo deste domingo com a Sérvia, por 2-1, no Estádio da Luz. Agora o conjunto de Fernando Santos tem uma passadeira à sua frente para carimbar rapidamente uma presença em França e abandonar a máquina de calcular omnipresente nas mais recentes jornadas de apuramento.

Frente a um adversário directo, pelo menos em teoria, Portugal protagonizou a melhor partida desta qualificação, mas não deixou de apanhar um pequeno susto que não passaria disso mesmo. Um golo do insuspeito Ricardo Carvalho, logo aos 10’, descomprimiu as hostes nacionais, que geriram a curta vantagem, sem sobressaltos, até ao final do primeiro tempo. A reacção sérvia seria mais convincente na segunda metade e teria expressão no marcador com um espectacular pontapé de Matic, aos 61’. Só que a esperança balcânica duraria pouco mais de dois minutos, antes de Fábio Coentrão estabelecer o resultado final.

Com quase 60 mil adeptos nas bancadas, a partida iniciava-se com o espectro da vitória da Albânia frente a Arménia (2-1), que deixava as contas do grupo bem mais preocupantes para os dois conjuntos que mediam forças na Luz. Portugal descia, à condição, para o terceiro lugar, mas estava a uma vitória de galgar para a liderança. Já a Sérvia via tudo mais negro, tornando vital a conquista dos três pontos que se disputavam em Lisboa.

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O grosso da pressão continuava no lado visitante, mas nem por isso teve reflexos na sua exibição. Se é inegável que os sérvios estão bem servidos de valores individuais, também é indesmentível que continuam sem o exprimir em termos colectivos, como o comprova o único ponto amealhado até ao momento na qualificação. Tal como nas primeiras partidas desta qualificação, foram particularmente gritantes as limitações defensivas da equipa de Radovan Curcic e ficou sempre a impressão que Portugal poderia ter alcançado um resultado mais volumoso se insistisse na pressão em determinados momentos da partida.

É claro que o golo madrugador de Ricardo Carvalho — que desviou de cabeça para as redes um cruzamento de Fábio Coentrão —, na sequência de um canto curto, contribuiu para a selecção nacional acalmar o ritmo e gerir a vantagem, até porque a reacção adversária foi insipiente durante quase todo o primeiro tempo.

Apostando na receita que rendeu um triunfo na Dinamarca (1-0), Fernando Santos distribuiu a equipa em campo num 4-4-2, que colocava Cristiano Ronaldo e Danny como os homens mais adiantados no terreno, prescindindo de um ponta-de-lança clássico. Atrás desta dupla, funcionava um meio-campo aguerrido, com Tiago, João Moutinho, Fábio Coentrão e Nani. Muito móvel, Ronaldo demorou a aparecer no encontro, mas surgiria à passagem da meia-hora, com dois lances individuais que levaram o pânico à área sérvia. Nos entretantos, não se poupou das missões defensivas. Mas a verdade é que, por uma partida, Portugal não dependeu da veia goleadora da estrela do Real Madrid, autor dos únicos dois golos, até ontem, na qualificação portuguesa.

O segundo tempo iria mudar o ritmo do encontro. Mais arrojados, os sérvios aceleraram o seu jogo, chegando mais frequentemente perto da área de Rui Patrício, mas seria de bola parada, uma das suas principais armas, que chegariam ao golo. Após um canto, Petrovic tocou de cabeça para Matic que, ao segundo poste, rematou de forma acrobática para as redes portuguesas, aos 61’. A Luz só não teve tempo para gelar, porque Portugal respondeu com prontidão letal em apenas dois minutos. Ronaldo iniciou a jogada junto à linha lateral direita, solicitou Moutinho que cruzou para Coentrão encostar ao segundo poste.

O moral baixou consideravelmente do lado sérvio que não teve soluções nem talento para contrariar a tendência do marcador. Fernando Santos não esteve no banco, cumprindo o primeiro dos dois jogos de castigo, na sequência da expulsão no Mundial do Brasil, quando comandava a Grécia, mas, para já, a sua ausência não foi crucial.

Classificação

Portugal 4 jogos, 9 pontos

Dinamarca 4, 7

Albânia 4, 7

Sérvia 4, 1

Arménia 4, 1

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