Homem mata a mulher e é depois perseguido e atropelado pelo filho em Soure

Crime ocorreu na freguesia de Granja do Ulmeiro. Filho do casal perseguiu de automóvel o pai e abalroou a scooter em que este seguia, deixando-o ferido.

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Além dos bombeiros e da GNR, acorreram aos locais do crime e do acidente várias equipas do INEM Sérgio Azenha

Uma mulher de 47 anos foi degolada esta quinta-feira alegadamente pelo marido, no centro de Granja do Ulmeiro, em Soure. Ao aperceber-se do homicídio, o filho do casal, um jovem de 28 anos, perseguiu de automóvel o pai, que se deslocava numa scooter, e interceptou-o a cerca de 200 metros do prédio onde foi praticado o crime. Abalroou a scooter, deixando o pai ferido no chão, e abandonou o automóvel no local da colisão, junto à Capela da Senhora da Vida, para regressar a pé para junto do corpo da mãe. O alegado homicida, de 50 anos, sofreu apenas escoriações e foi conduzido, sob detenção, aos Hospitais da Universidade de Coimbra.

O alerta chegou à 4.ª secção dos Bombeiros de Soure, sedeada em Granja do Ulmeiro, por volta das 18h30. Segundo o comandante João Paulo Contente, os bombeiros já encontraram a mulher sem vida: "A senhora tinha sido degolada e tinha duas facas de cozinha no peito".

A família tinha residência na freguesia vizinha de Alfarelos e, segundo fonte da Polícia Judiciária, já eram conhecidos episódios de violência doméstica entre o casal, embora a vítima nunca tivesse feito qualquer participação à GNR. A mulher estaria, contudo, determinada a pôr fim à relação, tendo sido por isso que se instalara, apenas dois dias antes, no apartamento onde foi morta, no 2.º andar de um prédio da esquina entre as ruas do Comércio e do Bairro Novo, mesmo no centro da freguesia.

Desconhecem-se as circunstâncias em que o filho terá tomado conhecimento do homicídio da mãe, correndo entre algumas forças de segurança que se deslocaram ao local a informação de que foi avisado por um amigo. Certo é que se lançou em perseguição do pai, que permanecia por perto, e que abalroou com o seu automóvel a scooter em que o progenitor se deslocava.

Terá sido através deste incidente, que residentes na zona começaram por tomar por um mero acidente de viação, que a GNR ficou a saber do crime ocorrido pouco antes. Segundo fonte dos Bombeiros de Soure, que também estiveram no local do acidente, o alegado homicida sofreu apenas ferimentos ligeiros (escoriações) e encontrava-se "consciente e cooperante". Não ofereceu resistência à detenção e foi conduzido aos Hospitais da Universidade de Coimbra, para ser assistido já sob custódia da Polícia Judiciária.

Além dos bombeiros e da GNR, acorreram aos locais do crime e do acidente várias equipas do INEM.

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