Porto Business School abre casa nova, dentro do prazo e sem derrapagem nos custos

Associação de empresas e Universidade do Porto inauguram nesta segunda-feira as novas instalações na Senhora da Hora, Matosinhos.

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Imagem ainda virtual da área interior das novas instalações, que são inaguradas esta segunda-feira DR

Custou 15 milhões, como previsto. Está pronto este mês, como previsto. Os empresários que há 25 anos fundaram a Porto Business School (PBS), que se associou à Universidade do Porto, contrariaram velhos hábitos do país e inauguram hoje, sem derrapagens, um edifício com o qual pretendem catapultar, internacionalmente, uma escola que já vai firmando créditos fora do país.

Colocada na 66.ª posição no Ranking Financial Times European Business Schools 2013, esta escola de negócios deverá ver essa posição melhorada, e desde logo por causa das instalações. O director da PBS, Nuno Sousa Pereira, explica que um dos critérios de classificação é a qualidade das infra-estruturas e aquelas que agora serão inauguradas têm, garante, qualidades que as tornarão atractivas. Desde logo pelas condições de trabalho oferecidas a alunos e professores — que poderão ser mil, em simultâneo, neste edifício, num total de quatro mil, ao longo de um dia.

Conforme se pôde ver em Abril, numa visita ao espaço ainda em obras, as salas de aulas estão preparadas para uma grande interactividade entre professores e alunos. E algumas podem ser adaptadas, modularmente, para trabalhos de grupo, sem que o formador perca de vista a turma toda. Nuno Sousa Pereira destaca as parcerias tecnológicas com dois gigantes do sector da electrónica de consumo e das redes de dados e telecomunicações, que permitem equipar todo o espaço com ecrãs interactivos e uma rede wireless de última geração. Do ponto de vista energético, a obra vai ser contemplada com uma exigente certificação LEED Gold, da organização não-governamental Norte-Americana US Green Building Council.

O edifício está equipado com cafetaria e restaurante que funcionarão em concessão, abertos à cidade, ou seja, quem ali for comer poderá descansar os olhos no lago e no amplo jardim, que se estende até ao parque desportivo da Senhora da Hora, no qual a Porto Business School há-de intervir numa segunda fase. No novo espaço verde rodeado por dois planos do edifício, a sul e nascente, e pela Igreja da Senhora da Hora, a leste, a equipa liderada pelo arquitecto José Manuel Soares promete árvores autóctones da floresta portuguesa.

Com o novo edifício da PBS, que tem uma área total de mil metros quadrados de construção, distribuídos por vários pisos, a escola pretende duplicar o número de alunos que, segundo o director, ronda os dois mil, nesta fase, nos vários ciclos de formação que oferece. O aumento do número de formandos deverá também levar, com o tempo, à contratação de docentes, que neste momento são 50, a tempo inteiro.

O projecto, que cumpriu o prazo e o orçamento, teve um apoio do Programa Operacional Regional do Norte, ON.2, de 11 milhões de euros. A Associação EPB, presidida por Belmiro de Azevedo, pediu um empréstimo de três milhões e o restante, cerca de um milhão, foi pago pelos associados, um conjunto de empresas e bancos de vários sectores de actividade, e com forte implantação no Norte, como sejam a própria Sonae — proprietária do PÚBLICO —, a Amorim ou a Bial, por exemplo.

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