Prejuízos das empresas públicas sobem para 215 milhões

Perdas aumentaram 14% no primeiro semestre deste ano

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Decisão formal de reversão do contrato de subconcessão tinha sido comunicada à empresa em Janeiro Pedro Cunha

Os prejuízos do Sector Empresarial do Estado subiram para 215,2 milhões de euros no primeiro trimestre de 2013, o que significou um agravamento de 14% face aos resultados do ano anterior (188,8 milhões). As perdas das empresas públicas de transportes, que alcançaram 123,5 milhões entre Janeiro e Março, representam quase 60% do total, revela um relatório da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF).

De acordo com o documento, a subida nos prejuízos ficou a dever-se essencialmente a um contributo negativo das empresas que integram a holding Parpública e que passaram de uma situação de lucro em 2012 para um resultado negativo de 60,4 milhões no primeiro trimestre deste ano.

Já nos transportes, e apesar de o sector representar a maior fatia das perdas, registou-se uma tendência inversa, com os prejuízos a caírem quase 40%, depois de terem alcançado 201,4 milhões de euros nos primeiros três meses de 2012.

Às perdas de 215,2 milhões nas empresas públicas somam-se ainda outros 155,5 milhões provenientes do sector da saúde, o que significa que, entre Janeiro e Março deste ano, o resultado líquido conjunto foi negativo em 370,7 milhões de euros (um agravamento de 2% face aos 363,3 milhões de 2012).

O relatório da DGTF revela ainda que, embora os prejuízos financeiros tenham diminuído 12,6% para 257,8 milhões de euros, as contas do Sector Empresarial do Estado (excluindo saúde) foram penalizadas por uma queda acentuada nas receitas. No primeiro trimestre deste ano, o volume de negócios caiu 12,5%, o que correspondeu a uma perda de 182 milhões de euros. Uma tendência que nem a redução dos gastos operacionais (em 8,7%) conseguiu compensar.

Ao nível na estrutura patrimonial, o documento conclui que os capitais próprios das empresas públicas (incluindo a saúde) estão negativos em 862,5 milhões, já que é este o valor que resulta da diferença entre o activo (que cresceu 3,9% para 62.112,6 milhões) e o passivo (que aumentou 4,4% para 62.975 milhões).

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