Passos Coelho e Cavaco Silva recebidos com vaia no 10 de Junho

Presidente da República apelou que "a situação de crise exigie sacrifícios".

Tal como aconteceu no domingo, nesta segunda-feira, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, voltou a ser apupado em Elvas, onde se encontra para as cerimónias militares das celebrações do 10 de Junho.

À chegada ao Rossio de S. Francisco, onde decorrem as cerimónias, Passos Coelho foi vaiado pela maioria das pessoas que se encontram a assistir às comemorações, cerca de mil, segundo a Lusa.

Também o Presidente da República, à chegada ao local, foi vaiado. Depois da revista das tropas, às 10h30, Cavaco Silva deu início ao seu discurso. Nas bancadas há pessoas que mostram cartazes exigindo a demissão do Governo. Com a bandeira de Portugal numa mão e cartazes com dizeres como "A luta continua, Governo para a rua" e "Trabalho sim, desemprego não" na outra.

"A situação de crise exige sacrifícios e espírito de missão", refere o Presidente da República, elogiando e dirigindo-se apenas aos militares. Cavaco Silva volta a apelar à coesão em tempo de crise. "Vivemos tempos de riscos mas não podemos perder a coesão."

No final do discurso, às 10h44 voltaram a ouvir-se gritos de "demissão" e assobios. A parada militar terminou às 11h15. A primeira parte das comemorações terminou. A cerimónia civil inicia-se às 12h00.

As comemorações tiveram início no domingo, em Elvas, onde o Presidente da República declarou que, embora, Portugal enfrente “uma hora decisiva” e atravesse “um momento” em que não se pode “vacilar”, os portugueses sempre “souberam unir-se” nos momentos difíceis. Mais tarde, depois de ter inaugurado a Avenida de Portugal, o Presidente apelou aos portugueses para que pratiquem desporto.

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