Mulheres impedidas de concorrerem às Presidenciais no Irão

Conselho dos Guardiões põe fim a qualquer discussão sobre o tema. Eleições estão marcadas para 14 de Junho.

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Zahra Mohammadi é uma das 30 mulheres que pretendiam concorrer à sucessão de Ahmadinejad BEHROUZ MEHRI/AFP

Se havia alguma expectativa de que as eleições presidenciais do próximo mês no Irão viessem a contar com a participação de mulheres, o principal órgão legislativo do país encarregou-se de desfazer as dúvidas: a lei "não aprova".

O Conselho dos Guardiões está a analisar os perfis dos candidatos à sucessão de Mahmoud Ahmadinejad, que não poderá recandidatar-se a um terceiro mandato nas eleições marcadas para 14 de Junho.

Inscreveram-se 686 pessoas, 30 das quais mulheres, mas apenas uma ínfima parte desse número vai passar pelo crivo do Conselho – nas últimas eleições, em 2007, estavam inscritas 475 e só quatro chegaram ao boletim de voto.

A legalidade da participação de mulheres nas Presidenciais iranianas tem sido sujeita a várias interpretações, mas a decisão anunciada nesta sexta-feira pelo Conselho dos Guardiães deverá pôr fim a qualquer discussão.

A lei do Irão permite que as mulheres concorram ao Parlamento, mas a Presidência é outra história: a lei "não aprova", pelo que a inscrição do nome de uma mulher num boletim de voto "não é permitida", anunciou um dos membros do Conselho dos Guardiões, Mohammad Yazdi, citado pela agência Mehr.

 

 
 
 

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