Peregrino do futebol morreu no início de uma caminhada de 16 mil quilómetros

Norte-americano de 42 anos queria ligar EUA ao Brasil com uma bola nos pés em nome de um projecto de solidariedade. Foi atropelado ao fim de 14 dias.

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Swanson tinha 42 anos. Deixa dois filhos Breakaway Brazil/Facebook

Richard Swanson, 42 anos, tinha um sonho: ir a pé de Seattle ao Brasil com uma bola de futebol nos pés, numa viagem de 16 mil quilómetros que deveria terminar em 2014, a tempo do Mundial que se jogará naquele país. Mas a viagem e o sonho foram interrompidos ao fim de 14 dias. Swanson foi atropelado na terça-feira, a 418 km de casa, e morreu.

A iniciativa integrava-se num projecto de solidariedade social, chamado One World Futbol. A missão deste projecto é levar o futebol a comunidades desfavorecidas em todo o mundo, oferecendo bolas que se distinguem por serem indestrutíveis, que nunca se esvaziam nem precisam de ser enchidas. Esta ideia nasceu quando o fundador Tim Jahnigen se deparou com uma reportagem de miúdos do Darfur a jogarem futebol com uma bola de trapos. Jahnigen concebeu então uma bola especial, de cor azul. O projecto ganhou asas quando foi apresentado ao músico e cantor Sting, que financiou o desenvolvimento da bola,

Era em nome deste esforço que Richard Swanson, pai de dois rapazes, de 22 e 18 anos, e designer gráfico de profissão, saiu de casa, no estado de Washington, para uma caminhada que deveria passar por 11 países como México, Nicarágua e Colômbia e que terminaria em São Paulo. Porém, o infortúnio surgiu nos arredores de Lincoln City, estado de Oregon. Richard foi colhido por uma carrinha pick up, segundo relata a agência norte-americana Associated Press,  cerca das 10h de terça-feira, quando caminhava na Highway 101. O óbito foi declarado no hospital. O condutor do veículo que o atropelou não foi acusado.

“É com o coração pesado que informamos que Richard Swanson morreu nesta manhã”, lê-se numa mensagem publicada na terça-feira à noite na página “Breakaway Brazil”, no Facebook. “A equipa, a família e amigos sentirão a falta dele. Nos nossos corações, chegaste ao Brasil”, lê-se, num curto texto assinado pela equipa do homem que foi apelidado de peregrino do futebol.

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