Desemprego estrutural mais do que duplicou nos últimos 20 anos

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A taxa de desemprego deverá chegar aos 15,5% este ano, prevê o Governo Foto: Paulo Pimenta

A taxa de desemprego estrutural passou de 5,5% na década de 1990 para 11,5%, revelou hoje o ministro das Finanças.

Vítor Gaspar revelou esta manhã aos parceiros sociais que, nas últimas duas décadas, verificou-se “um aumento muito pronunciado do desemprego estrutural em Portugal”, cuja taxa mais do que duplicou de 1990 para cá.

No final da reunião da Concertação Social, o ministro destacou que o desemprego estrutural terá aumentado “de cerca de 5,5% em média, na década de 1990” para “cerca de 8,5%, na última década”. E nos anos mais recentes “esta tendência de aumento agravou-se para valores na ordem dos 11,5%”.

Esta é uma das conclusões do estudo que está a ser levado a cabo por técnicos dos Ministérios das Finanças, Economia e Segurança Social, com o apoio do Banco de Portugal, e cujos resultados serão apresentados a 11 de Junho.

O desemprego estrutural é o desemprego que a economia, mesmo a funcionar no seu potencial máximo, não consegue absorver e só baixa com mudanças estruturais na economia.

Aos parceiros sociais, o ministro desvendou algumas conclusões da análise e concluiu que estes números tornam ainda mais importantes “as mudanças estruturais, visando a flexibilidade do mercado de trabalho, acordadas em Concertação Social”.

Numa comunicação aos jornalistas no final do encontro, Vítor Gaspar revelou ainda as novas previsões para a evolução do mercado de trabalho neste e no próximo ano. Em 2012, a taxa de desemprego deverá chegar aos 15,5%, um ponto percentual acima da última estimativa do Governo, e em 2013 ficará nos 16%.

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