Finlândia dará resposta sobre resgate a Portugal em cinco dias

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Jyrki Katainen, actual ministro das Finanças Markku Ulander/Lehtikuva/Reuters

A posição finlandesa sobre o programa de assistência financeira a Portugal deverá ser tomada no prazo de cinco dias, assegurou hoje o primeiro-ministro eleito da Finlândia, Jyrki Katainen, numa entrevista à estação de televisão pública YLE citada pela agência Reuters.

Os dias para a Finlândia decidir se aprova, ou não, o pacote de empréstimo da União Europeia a Portugal contam-se “pelos dedos de uma mão”, disse Jyrki Katainen, actual ministro das Finanças e líder da Coligação Nacional que venceu as legislativas na Finlândia a 17 de Abril.

A formação do próximo Governo finlandês está, neste momento, a ser negociada entre os três partidos mais votados nas eleições. Se for confirmado um entendimento interno nos próximos dias com o partido nacionalista Verdadeiros Finlandeses sobre a questão portuguesa – resposta que será dada em votação no Parlamento finlandês –, o Conselho Europeu poderá votar o plano de assistência a 16 de Maio, como esperam as autoridades europeias.

Jyrki Katainen dera sinais de que a resposta europeia ao pedido português de assistência externa não estaria comprometida por causa da Finlândia, mas nem por isso baixou a pressão de Bruxelas para as forças políticas finlandesas apressarem a decisão. A coligação de Governo ainda não está fechada, com a condicionante de a terceira força política mais votada, os eurocépticos Verdadeiros Finlandeses, poderem inviabilizar um “sim”.

Face ao problema finlandês, o comissário europeu para os assuntos económicos, Olli Rehn, dera 16 de Maio como prazo máximo para Helsínquia dar uma resposta. Tendo em mente a viabilização do resgate, Bruxelas espera que não seja posta em causa a aprovação do plano por parte dos 17 da zona euro nessa data, de forma a ser imediatamente accionada a primeira tranche da ajuda, para Portugal cobrir as cobrir as necessidades de financiamento de Junho.

Mas ainda ontem o presidente do eurogrupo, Jean-Claude Juncker, dizia que o prazo para ser formalizado um acordo em Conselho Europeu poderia ser curto, perante o facto de a Finlândia estar sem Governo formado e sem Parlamento em funções.

Notícia actualizada às 17h29
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