Uma bizarra reunião

O Presidente do México convidou Hillary Clinton e Donald Trump a visitarem o país. Trump vai ser o primeiro. É uma conversa difícil de imaginar. Mas há pistas interessantes.

Esperemos que alguém tire boas e pormenorizadas notas da reunião entre Donald Trump e o Presidente do México. Vão ser úteis para jornalistas e historiadores. Em princípio, nada do que ali será dito muda o sentido de voto dos americanos – que esta semana dá uma vantagem de 5% a Clinton. A não ser, claro, que Trump mude radicalmente. Esta é uma agenda possível: Enrique Peña Nieto pediu para ver as "provas" de que o seu Governo envia de forma intencional os criminosos mexicanos para os EUA, como Trump repete há meses? Discutiram a conta da construção do muro e como serão pagos os sete mil milhões que a obra custaria (“à força, porque nós lhes damos uma fortuna!”)? Ou o lugar exacto da porta – “vamos ter uma porta linda, grande e gorda mesmo no meio do muro”? Será que analisaram a frase (escrita num comunicado da campanha) sobre os mexicanos imigrantes serem, "em muitos casos, criminosos, traficantes de droga e violadores”? Pressionado para moderar o seu estilo, a reunião do México vai ajudar Trump a clarificar a sua escolha.

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