Tunes como Paris, contra o terrorismo

Como em Paris depois dos atentados contra o Charlie Hebdo e um supermercado judaico, também ontem em Tunes alguns dirigentes mundiais (Hollande, Renzi, Abbas) se juntaram aos tunisinos num desfile antiterrorista para repudiar os ataques ao Museu Bardo de dia 18 (22 turistas mortos). Até o slogan teve ecos “parisienses”: “O mundo é Bardo”. Esta demonstração de solidariedade tem várias razões de ser. É que não só a Tunísia foi o “rastilho” das Primaveras Árabes como, de todas elas, é praticamente a única a manter-se fora do caos geral em que os restantes países em revolta mergulharam. Se ali o terrorismo se impuser ao poder eleito, cairá o último “bastião” da ingénua esperança ocidental. E ninguém quererá assistir a isso. Por essa razão, o poder tunisino lançou agora uma ofensiva militar que matou um líder terrorista “dos mais perigosos”. Mas vai ser preciso mais do que isso para reaver a confiança dos seus potenciais visitantes.

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