Tufão Bopha matou 500 pessoas nas Filipinas. O número vai subir

Há 200 mil desalojados e centenas de desaparecidos.

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A chuva criou caudais rápidos e algumas pessoas morreram afogadas Eric de Castro/Reuters

As autoridades filipinas disseram esta manhã que o tufão Bopha matou 500 pessoas. São dados ainda provisórios, pois há centenas de desaparecidos.

"Esperamos que o número suba porque há muitos desaparecidos, cerca de 400", e não param de aparecer corpos entre os escombros, disse o director do Conselho Nacional de Desastres das Filipinas, Benito Ramos.

Há 200 mil desalojados em todo o país, sendo as zonas onde a passagem do tufão fez mais danos a costa Este, onde há muitas minas de ouro clandestinas e houve muitos deslizamentos de terras. Em New Bataan, uma localidade de difícil acesso na ilha de Mindanau, pelo menos 142 pessoas morreram com as inundações, deslizamentos de terra e quedas de árvores.

Os desabamentos e deslizamentos de terras foram a causa da maior parte das mortes. Muitas pessoas foram também arrastadas pelas águas, que caíram com grande intensidade, provocando caudais muito rápidos.

A tempestade, que chegou a terra na terça-feira de manhã, com chuvas torrenciais e fortes rajadas de vento, obrigou à retirada da população de várias localidades, à interrupção do tráfego aéreo e à suspensão dos serviços de ferry boat nas regiões central e sul do país. Milhares de edifícios foram danificados e vastas áreas estão isoladas e sem abastecimento eléctrico.

O tufão, com um diâmetro de 600 quilómetros, deslocou-se para oeste e os meteorologistas prevêem que se dissipe no mar da China esta quinta-feira.

O Bopha encerrou a temporada de tufões nas Filipinas e foi o pior do ano. Neste país, a época dos tufões começa em Junho e termina em Novembro. A média anual é de 15 a 20 tufões. No ano passado o Washi, que também surgiu já fora de tempo como o Bopha, no início de Dezembro, matou 1200 pessoas.

 
 
 
 
 
 
 
 

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