Tribunal russo restringe acesso a vídeos das Pussy Riot na Internet

Gravação de "oração" anti-Putin é um dos quatro registos visados pela decisão. Duas das três jovens que formam o grupo permanecem na prisão.

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As Pussy Riot no tribunal, em Agosto Maxim Shemetov/AFP

Um tribunal de Moscovo determinou nesta quinta-feira a restrição do acesso via Internet a vídeos, considerados “extremistas” , da banda russa feminina Pussy Riot.

“O acesso aos vídeos será restringido em cinco sites”, disse à agência Interfax uma porta-voz do tribunal, Evguenia Pazoukhina. Não foram ditos quais os sites nem explicado como será feita a restrição. A sanção poderá passar pelo bloqueio.

O site das Pussy Riot e o blogue do grupo alojado na plataforma Liverjournal são abrangidos pelas restrições.

Após a entrada em vigor da decisão, os vídeos passam a estar entre os documentos considerados extremistas e, por isso, proibidos na Rússia. A sua divulgação implicará sanções penais.

A porta-voz do tribunal Zamoskvoretskïi afirmou que a decisão se aplica a quatro-vídeos: um gravado em Fevereiro na Catedral do Cristo Redentor, em Moscovo – numa actuação que custou a prisão às três jovens que formam o grupo –, um gravado na Praça Vermelha e dois outros.

O mais conhecido dos vídeos “extremistas” é a “oração punk” em que as Pussy Riot pedem à Virgem para afastar Vladimir Putin, então primeiro-ministro e agora Presidente. 

As duas jovens ainda presas, Maria Aliokhina e Nadejda Tolokonnikova, estão em campos de trabalho: Tolokonnikova está na Mordóvia, a 500 quilómetros de Moscovo, e Alyokhina está em Perm, a 1400 quilómetros da capital. Katerina Samutsevitch foi libertada em Outubro, após recurso.

A condenação do grupo provocou protestos a nível internacional. 

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