Três norte-americanos mortos numa base militar afegã

Atacante será um soldado e matou ainda um afegão. Vítimas eram conselheiros da Força Aérea afegã.

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O ataque aconteceu na parte militar do aeroporto de Cabul Mohammad Ismail/Reuters

Um homem abriu fogo contra um grupo de norte-americanos numa base na parte militar do aeroporto da capital do Afeganistão. Três civis contratados pelos Estados Unidos para trabalharem no programa de treino da Força Aérea afegã e um afegão foram mortos. Um quarto americano ficou ferido.

Um membro da Força Aérea afegã confirmou à Reuters que o atacante é um soldado. “Não é claro por que é que matou estes conselheiros”, disse o responsável afegão.

Um responsável do Pentágono ouvido pela AFP descreve “um ataque interno”, sugerindo que o responsável pelas mortes é um membro das forças de segurança afegãs. Nos últimos anos, soldados e polícias afegãos mataram pelo menos 142 membros da coligação internacional liderada pelos EUA no Afeganistão para combater os taliban.

Este tipo de ataques começou em 2008 e foi crescendo nos anos seguintes, criando cada vez mais suspeitas entre as tropas estrangeiras e os soldados afegãos. Em 2012, houve pelo menos 60 ataques deste género, incluindo o assassínio de dois conselheiros dos EUA por um funcionário público dentro do Ministério do Interior.

Até Junho do ano passado, 87 ataques cometidos por afegãos que trabalhavam com a missão estrangeira tinham resultado na morte de 142 soldados e deixado 165 feridos, escreve o jornal The New York Times.

A esmagadora maioria das tropas da NATO deixaram o país ao longo do ano passado, mas permanecem quase 12 mil soldados, dez mil dos quais norte-americanos. Quase todos os que ficaram têm funções de treino e aconselhamento.

Nas últimas semanas, os atentados têm-se multiplicado em várias zonas do país. Horas antes da notícia do ataque na base militar, pelo menos oito pessoas foram mortas num atentado suicida durante um funeral no Leste do Afeganistão. O aeroporto de Cabul é alvo de uma vigilância especialmente elevada, dividido entre uma parte para o tráfico comercial e outra reservada à missão da NATO.

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