Três mortos e dezenas de feridos vítimas de ataques suicidas no Afeganistão
Um carro-bomba explodiu em Cabul, tendo como alvo soldados da NATO. Matou uma pessoa e feriu outras 21. Em Helmand, no Sul, um outro atentado matou duas pessoas e feriu 50.
No Afeganistão ocorreram dois ataques suicidas esta terça-feira. Em Cabul, uma pessoa morreu e 21 ficaram feridas devido à explosão de um carro-bomba, no momento em que uma patrulha da NATO passava perto da embaixada dos Estados Unidos. Em Helmand, um outro atentado, contra uma esquadra da polícia, matou duas pessoas e deixou outras 50 feridas. Os taliban reivindicaram o ataque à NATO.
Sediq Sediqqi, porta-voz do Ministério do Interior do Afeganistão, confirmou à agência AFP que o atentado na capital do país, Cabul, tratou-se de um “carro-bomba suicida” que explodiu quando passou uma “patrulha de veículos das forças estrangeiras”, especialmente concebidos para resistirem a minas terrestres.
Contactada pela AFP, uma porta-voz dos cerca de 12 mil soldados da missão da NATO presentes no país, Susan Harrington, confirmou que o ataque visava um grupo de soldados da coligação internacional e que “dois soldados apresentaram ferimentos ligeiros”.
As principais vítimas foram mesmo os civis que estavam no local aquando da explosão, perto da embaixada dos Estados Unidos e numa movimentada zona comercial da cidade, no principal acesso rodoviário ao aeroporto internacional de Cabul. Sediq Sediqqi informou que uma pessoa morreu e outras 21 ficaram feridas, “incluindo uma mulher e três crianças”, e que todas elas foram transportados para o hospital.
Zabihullah Mujahid, um “porta-voz habitual dos taliban”, segundo a AFP, reivindicou o ataque à patrulha da NATO através de uma publicação no Twitter.
Em Heland, no sul do país, duas pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas. Um homem explodiu-se dentro de um carro à entrada de uma esquadra da polícia, enquanto outros dois aproveitaram o aparato para entrar no edifício. Omar Zwak, porta-voz do governador daquela província afegã, disse à agência Reuters que um dos homens “detonou os explosivos que trazia colados ao corpo e o outro foi (…) morto pelas equipas de segurança”.
As Nações Unidas já registaram perto de 1800 mortes, no Afeganistão, desde o início do ano de 2015.