Autor do tiroteio na Florida dizia ouvir vozes que o chamavam para o Daesh

Ataque em aeroporto provocou cinco mortos e oito feridos. Esteban Santiago, o suspeito que foi detido pelas autoridades, levava a arma na bagagem.

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Pelo menos cinco pessoas morreram e outras oito ficaram feridas durante um tiroteio no aeroporto Internacional Fort Lauderdale-Hollywood, no estado da Florida, costa Leste dos EUA. O atirador foi detido pela polícia sem apresentar resistência. A CNN dá conta de que o suspeito levou a arma utilizada no ataque na bagagem, que foi declarada pelo próprio e verificada nos postos de segurança do aeroporto. O suspeito serviu no exército e esteve no Alasca em tratamento psiquiátrico. A CNN diz ainda que o homem foi ouvido pelo FBI há alguns meses, altura em que afirmou que ouvia vozes que lhe ordenavam a juntar-se ao Daesh.

O senador da Florida, Bill Nelson, identificou o atacante à MSNBC como sendo Esteban Santiago, de 26 anos, e que levava com ele uma identificação militar, sem confirmar se o documento seria actual. No entanto, a CNN diz que o suspeito se alistou na Guarda Nacional de Porto Rico em 2007, e em 2010 foi transferido para o Iraque durante dez meses. Uma porta-voz da Guarda Nacional do Exército do Alasca informou ainda que Santiago fez parte da reserva do exército americano em 2014, tendo sido dispensado pelo desempenho insatisfatório.

Outras fontes de segurança revelaram à mesma estação televisiva que o atirador desta sexta-feira esteve presente no gabinete do FBI há alguns meses, tendo então dito aos agentes federais que ouvia vozes que o exortavam a juntar-se ao Daesh. Esse relato levou a que, por iniciativa própria, fosse transferido para um hospital psiquiátrico para ser avaliado.

Segundo a comunicação social norte-americana, Santiago chegou ao aeroporto da Florida proveniente de um voo do Alasca, com escala no Canadá. Transportaria consigo uma arma, cujo tipo a polícia se recusou a identificar, na bagagem. Depois de declarar a arma e de esta ter sido verificada nos postos de segurança, o atirador, relatam algumas testemunhas, dirigiu-se à casa de banho localizada na recolha de bagagens do terminal 2 do aeroporto. De seguida, “começou a disparar directamente” contra os passageiros que se encontravam na zona, sem dizer uma palavra.

As autoridades detiveram o suspeito, sem disparar nenhum tiro e sem enfrentar qualquer resistência por parte do atirador que foi levado sob custódia para ser interrogado pelo FBI.

Nas horas que se seguiram ao tiroteio, a polícia local do condado de Broward partilhava no Twitter uma mensagem revelando a existência de relatos não confirmados da presença de um segundo atirador no edifício. No entanto, e numa conferência de imprensa, as autoridades desmentiram tal rumor, garantindo que se tratou de um ataque preconizado por um “lobo solitário”.

A polícia afirmou ainda, na mesma comunicação aos jornalistas, que está a investigar as motivações do homem de 26 anos, sendo demasiado cedo para declarar este um acto terrorista.

Evacuating Terminal 2 in Fort Lauderdale #fll #fortlauderdale #shooting #fllshooting

A video posted by Taylor Elenburg (@telenburg) on

O tiroteio foi descrito via Twitter, por diferentes pessoas que se encontravam na altura neste aeroporto, por onde já passaram cerca de 2,5 milhões de pessoas num único mês, o de Novembro de 2015.

Uma das pessoas que relataram o que se estava a passar através daquela rede social é um ex-porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer. O mesmo ex-representante diria mais tarde que "a polícia fala em um atirador e cinco vítimas". Na última publicação, Fleischer afirmou: "tudo está calmo agora mas a polícia não deixa ninguém sair do aeroporto".

O aeroporto foi encerrado por tempo indefinido e todos os voos cancelados.

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