A espanhola Teresa Romero já não tem ébola

A auxiliar de enfermagem recebeu, em simultâneo, uma série de tratamentos experimentais.

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A auxiliar de enfermagem espanhola deve abandonar o hospital no final de Outubro DR

Teresa Romero, a auxiliar de enfermagem espanhola que contraíu o vírus do ébola, está definitivamente curada. A segunda análise a que foi submetida teve resultado negattivo e a equipa médica que a acompanha disse que "estão cumpridos os critérios de cura".

A auxiliar, de 44 anos, está internada no Hospital Carlos III de Madrid desde 6 de Outubro e aí deve permanecer mais duas ou três semanas. Foi nesta unidade de saúde que Teresa Romero foi contagiada, quando prestava assistência a dois pacientes com ébola que foram repatriados da Libéria e da Serra Leoa - estes, Miguel Pajares e Manuel García Viejo morreram no Carlos III.

No hospital continuam internadas 15 pessoas que, devido ao risco de terem contactado com o vírus, continuam sob vigilância.

Para vencer o vírus, a auxiliar de enfermagem recebeu, em simultâneo, vários tratamentos experimentais, entre eles plasma de uma doente que superou a doença e um antiviral. A equipa médica, dirigida pelo chefe da unidade de doenças infectocontagiosas do Carlos III, José Ramón Arribas, dise não se saber, de momento, se foi um único tratamento que levou à cura ou se foi a sua conjugação.

A sua família anunciou que deverá recorrer aos tribunais para defender a honra que considera ter sido manchada. Apesar de as autoridades espanholas terem admitido ter havido muitos erros no estabelecimento de protocolos de segurança, alguns fizeram declarações públicas imputando a Teresa Romero erros nos procedimentos dos protocolos e, por isso, a responsabilidade pela exposição ao vírus.

A doença tem, segundo a Organização Mundial de Saúde, uma taxa de mortalidade de 70% nos países mais afectados, a Guiné-Conacri, a Serra Leoa e a Libéria. Já há nove mil casos identificados e 4500 pessoas morreram. A OMS alertou para que, até Dezembro, o número de casos poderá subir vertiginosamente, numa média de entre cinco mil e dez mil novos casos por semana.

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