A tempestade tropical Fung Wong, que à passagem pelas Filipinas deixou um rasto de pelo menos cinco mortos e 200 mil desalojados, dirige-se agora para Taiwan.

De acordo com a Reuters, muitos dos desalojados viviam na capital das Filipinas, Manila, e tiveram de abandonar as suas casas para escapar às inundações. Em Luzon, a maior ilha do país, a maioria das escolas permanece, pelo segundo dia consecutivo, encerrada, mas alguns serviços públicos já reabriram.

“Algumas das nossas coisas estão enterradas em lama. Vai levar algum tempo para conseguirmos recuperá-las”, descreveu uma habitante da cidade de Marikina, enquanto tentava limpar a lama e os detritos que se encontravam no interior da sua casa.

Foi na sexta-feira que a tempestade tropical Fung Wong varreu o norte das Filipinas, deixando vastas áreas sem energia eléctrica, alagando campos de arroz e de milho e deixando a capital do país praticamente paralisada.

Alexander Pama, director-executivo do Conselho Nacional para a Redução e Gestão de Riscos Naturais, confirmou a morte de cinco pessoas. Entre elas uma rapariga de dois anos, que se afogou em Manila, e de dois adultos que morreram electrocutados.

De acordo com este responsável, registaram-se ainda sete feridos e um desaparecido, que permanece por localizar. Alexander Pama acrescenta que a Marinha resgatou com sucesso os 53 tripulantes e passageiros de um barco que naufragou.

As autoridades declararam o estado de emergência em algumas áreas da capital e na cidade de Cebu devido às cheias. Nalguns pontos, descreve a Reuters, a altura das águas atingiu os dois metros.

Estima-se que mais de 700 mil pessoas tenham sido afectadas por esta tempestade tropical, tendo 200 mil sido obrigadas a abandonar as suas casas e a dirigir-se para abrigos disponibilizados para o efeito. Há também registo de voos cancelados, e as negociações na bolsa foram suspensas ainda na sexta-feira.     

Segundo as mais recentes previsões, a tempestade deverá chegar a Taiwan na segunda-feira.         

Há cerca de um ano, as Filipinas tinham sido assoladas pelo tufão Hayian, que terá feito mais de 6300 mortos.