Só 9% dos brasileiros aprovam o desempenho de Dilma

Taxa de rejeição do Governo de Dilma Rousseff é a mais alta desde a redemocratização do Brasil.

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A crise económica e os escândalos de corrupção continuam a desgastar a imagem da Presidente REUTERS/Lucas Jackson

A taxa de popularidade da Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, caiu para o valor mais baixo desde que assumiu o cargo, em 2011. De acordo com o último inquérito realizado pelo Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatísticas), só 9% dos brasileiros aprovam o desempenho da Presidente, cujo Governo é rejeitado por 68% dos inquiridos — a taxa negativa mais alta para um Governo desde a redemocratização (1988).

Seis meses depois da posse para um segundo mandato, a Presidente alcança o pior resultado de sempre nas sondagens. “A popularidade de Dilma bate um novo recorde negativo”, resume o Ibope. As respostas mostram que 82% dos brasileiros consideram que o segundo mandato está a ser pior do que o primeiro; 83% desaprovam a maneira de governar da Presidente e 78% afirmam não ter confiança em Dilma.

Os péssimos indicadores para a Presidente, que tem visto a sua popularidade a cair a cada novo inquérito, são o efeito cumulativo das crises económica e política com que o Brasil se debate. Aos maus indicadores económicos junta-se o chamado pacote de “ajuste fiscal”, com as suas medidas de austeridade, e ainda as notícias relativas ao esquema de corrupção na Petrobras, no Partido dos Trabalhadores (PT) e partidos da sua base aliada: segundo revela o Ibope, as principais informações retidas pela população relativamente à actuação do Governo dizem respeito à operação judicial Lava Jato, que investiga a Petrobras, as alterações no funcionamento do sistema de pensões e subsídio de desemprego, a corrupção e a inflação.

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