Suspeito de atentado em Banguecoque detido e pouco cooperante com autoridades

Ataque de 17 de Agosto fez 20 mortos e 12 feridos graves.

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Retrato robô que foi avvançado pela polícia como do homem suspeito que terá colocado mochila com explosivos no local do ataque Soe Zeya Tun/Reuters

Um indivíduo suspeito de ter participado no atentado atentado bombista que no dia 17 matou 20 pessoas e deixou 12 outras feridas com gravidade em Banguecoque foi detido neste sábado pela polícia tailandesa. O homem não está a colaborar com as autoridades e ainda não forneceu qualquer informação útil, disse à AFP o chefe do exército, o general Udomdej Sitabutr.

O suspeito, cujos traços fisionómicos correspondem aos do homem fimado por câmaras de segurança a abandonar uma mochila cheia de explosivos à entrada do templo hindu de Erawan, na zona turística de Banguecoque, é um cidadão estrangeiro, segundo as autoridades, e foi detido na sequência de uma operação policial que levou a um apartamento dos subúrbios daquela cidade. No interior do apartamento, que o indivíduo arrendava sob nacionalidade turca, foram encontrados passaportes falsos, ferramentas e material para fabricar bombas. 

O indivíduo estava ainda a ser interrogado este domingo. "O interrogatório não avança porque o suspeito não nos dá informações verdadeiramente utéis", adiantou o general Sitabutr. "Precisamos de continuar a questioná-lo e a fazer-nos compreender, de forma a que se torne mais cooperativo, tendo o cuidado de não violar os direitos do suspeito", reforçou o militar.

Segundo o responsável, as autoridades estão "100% seguras" do envolvimento do homem detido no atentado de há 13 dias, adiantando que entre os objectos apreendidos na casa do suspeito encontrava-se uma camisa com traços de TNT, bem como materiais semelhantes aos restos de explosivos encontrados no local do ataque e depois analisados.

A polícia tem, no entanto, avançado informações contraditórias sobre o indivíduo. Por um lado, indica que o homem faz parte de um grupo de traficantes de seres humanos, especializado no fabrico de passaportes falsos, e que pretende vingar-se da política repressiva da junta no poder na Tailândia desde o golpe de Estado de Maio do ano passado. Por outro, fontes policiais indicam que na origem do atentado de 17 de Agosto terá estado uma "querela privada", sendo "pouco provável que se trate de um caso de terrorismo internacional".

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