Síria no topo da agenda da cimeira do G8

Obama e Putin têm encontro previsto para esta segunda-feira à noite. Presidente russo mantêm possibilidade de reforçar apoio a Assad

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A guerra na Síria é o assunto mais polémico da cimeira do G8 que, esta segunda-feira, começa em Lough Erne, na Irlanda do Norte.

O Presidente russo, Vladimir Putin, que no domingo se reuniu em Londres com o primeiro-ministro britânico, deixou em aberto a possibilidade de reforçar o apoio armado ao regime sírio de Bashar al-Assad.

“Não violamos qualquer regra ou norma e apelamos aos nossos parceiros para agirem do mesmo modo”, disse, numa conferência de imprensa conjunta com David Cameron.

A declaração segue-se ao anúncio, na semana passada, de que o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama –  que na manhã desta segunda-feira chegou a Belfast, com destino à cimeira do G8 – vai aumentar o apoio militar aos rebeldes. Esta decisão foi anunciada depois de ter recebido "informações convincentes" de que o regime de Assad usou armas química. 

Antes de seguir para Lough Erne, onde deverá ter um encontro privado com Putin, na noite desta segunda-feira, Barack Obama fala em Belfast, numa conferência sobre o processo de paz da Irlanda do Norte.

Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão e Reino Unido são os outros países que participam na cimeira.

A cimeira começa um dia depois de o jornal The Guardian ter anunciado que o Governo britânico espiou políticos estrangeiros na cimeira do G20, em 2009, em Londres, e que os EUA fizeram o mesmo ao então Presidente russo, Dmitri Medvedev.

Observadores ouvidos pela BBC consideram que as revelações poderão causar tensão na cimeira. David Cameron nada disse, alegando que nunca comenta "assuntos de segurança e informações”.

Para garantir a segurança da cimeira de Lough Erne foram mobilizados cerca de 8000 polícias.

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