Sequestrador de Cleveland vai declarar-se "inocente"

Advogada diz que Ariel Castro "não é um monstro" e que as provas da sua inocência serão apresentadas em julgamento.

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Ariel Castro pode enfrentar a pena de morte Cuyahoga County Sheriff's Office/Reuters

Ariel Castro, acusado dos crimes de sequestro e violação ao longo de uma década de três jovens americanas na sua casa de Cleveland (Ohio, Norte dos EUA), vai declarar-se “inocente” no seu julgamento, disse à agência AFP a sua advogada.

“Ele vai dar-se como inocente” de todas as acusações, disse a advogada Jaye Schlachet, que não quis avançar mais pormenores sobre a estratégia da defesa, explicando apenas que “todas as provas” serão “apresentadas no julgamento”. Ariel Castro “não é um monstro e não devia ser diabolizado pelos media”, acrescentou Schlachet. “Peço a todas as pessoas para serem prudentes antes de exprimirem uma opinião.”

Em declarações a um canal de televisão local, a advogada já tinha dito que Ariel Castro estava “muito preocupado com o bem-estar e o futuro da sua filha, que ele ama muito”. O antigo motorista de autocarro é o pai de uma menina de seis anos, Jocelyn, nascida em cativeiro. A sua mãe é uma das jovens que estiveram sequestradas, Amanda Berry.

Ariel Castro foi preso a semana passada depois de uma das suas vítimas (Amanda) ter conseguido fugir da casa onde estava cativa, juntamente com outras duas jovens mulheres. Apresentado em tribunal na passada quarta-feira, foi formalmente acusado de violação e de quatro sequestros, o de Amanda, da filha, Jocelyn, de Gina DeJesus e de Michelle Knight.

O procurador Timothy McGinty disse no dia seguinte que vai pedir a pena de morte contra o suspeito por crime de aborto provocado e mais violência a que as três mulheres foram sujeitas e que, segundo ele, “ultrapassam o entendimento” de qualquer um.

Numa carta datada de 2004, encontrada em sua casa, Ariel Casto afirmava ser “um predador sexual” e exprimia o desejo de se suicidar.
 
 

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