Seguranças da Blackwater condenados por mortes de iraquianos em 2007

Um dos condenados cumprirá pena de prisão perpétua e outros três 30 anos de prisão pela morte de 14 civis iraquianos.

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Dois dos seguranças acusados, Evan Liberty e Dustin Heard, numa das sessões do julgamento Jonathan Ernst/Reuters

O caso é de 2007: vários seguranças da empresa Blackwater, contratada pelo exército dos EUA para operar no Iraque protegendo o exército, dispararam contra um grupo de civis iraquianos para abrir caminho a uma coluna militar dos EUA numa praça de Bagdad. Morreram 14 civis e 17 ficaram feridos. O veredicto chegou esta segunda-feira: uma pena de prisão perpétua e três de 30 anos de prisão.

O caso provocou debate dentro e fora dos EUA sobre o papel das empresas contratadas na guerra do Iraque.  O incidente provocou uma crise entre EUA e Iraque. A Blackwater mudou de nome para Xe Services, e foi depois vendida e voltou a mudar de nome para Academi.

Nicholas Slatten, o único condenado por homicídio qualificado, recebeu a pena mais pesada na decisão de um tribunal de Washington, enquanto Paul Slough, Evan Liberty, Dustin Heard e Donald Ball foram condenados por homicídio e tentativa de homicídio.

O advogado de acusação tinha pedido uma sentença dura para dissuadir potenciais episódios semelhantes. “Se alguém tem um trabalho em que lhe são confiadas armas mortais, tem de as usar apenas quando necessário, e o seu uso tem de ser justificado. Não se pode simplesmente disparar primeiro e encontrar justificação mais tarde.”

Os acusados dizem que estavam a trabalhar em circunstâncias extremamente difíceis e alegam que agiram em autodefesa. 

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