Segundo caso de suspeita de espionagem na Alemanha a favor dos EUA

Desta vez estará envolvido um oficial das Forças Armadas.

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Sede dos serviços secretos alemães SOEREN STACHE/AFP

Pela segunda vez em cinco dias, a Justiça alemã abriu uma investigação a um suspeito de espionagem a favor dos EUA. Depois das primeiras revelações, na sexta-feira, de que um funcionário dos serviços secretos alemães, BND, era suspeito de trabalhar para a CIA, o Ministério Público anunciou nesta quarta-feira um novo caso de espionagem a favor de um país estrangeiro que não identificou.

Segundo a imprensa alemã, este caso é mais grave do que o primeiro, e envolverá um oficial das Forças Armadas, que teria igualmente sido recrutado pelos EUA. Ao contrário do que aconteceu com a anterior situação – em que foi detido um funcionário de 31 anos do serviço estrangeiro do BND – o militar não tinha sido detido até à tarde desta quarta-feira.

O Governo de Berlim escusou-se a comentar as informações, argumentando que as investigações estão a decorrer. Na segunda-feira, comentado o episódio envolvendo funcionário dos serviços secretos, a chanceler Angela Merkel disse que se se confirmasse seria "muito grave". Os documentos alegadamente fornecidos fornecidos à CIA incluiriam informações sobre o inquérito do Parlamento à extensão da espionagem norte-americana.

Os casos agora tornados públicos são mais um elemento de perturbação nas relações entre a Alemanha e os EUA, já afectadas pela revelação de que nem o telefone de Merkel escapava à espionagem norte-americana. Esta revelação foi feita graças às informações divulgadas no ano passado por Edward Snowden, antigo analista informático da NSA, Agência de Segurança Nacional dos EUA.

Segundo a edição online da revista Der Spiegel, o chefe da CIA, John Brennan, falou na terça-feira à tarde com o coordenador dos serviços secretos alemães, Klaus-Dieter Fritsche. Esta quarta-feira, o embaixador dos EUA em Berlim, Jophn B. Emerson, foi recebido no Ministério dos Negócios Estrangeiros.

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