Rússia anuncia suspensão dos combates em Alepo

Washington encara notícia com cautela. Ofensiva do exército sírio para retomar controlo sobre a cidade fez 800 mortos e 3500 feridos em pouco mais de três semanas.

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Um homem conduz um triciclo da zona de Alepo dominada pelos rebeldes REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Edifícios destruídos perto da rotunda de al-Sheehan, depois de as forças de Assad terem tomado a zona REUTERS/Omar Sanadiki
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Uma carrinha sem pára-brisas na zona de Alepo controlada pelos rebeldes REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Carrinho de bebé abandonado num bairro de Alepo REUTERS/Omar Sanadiki
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Rebeldes junto a um autocarro destruído REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Um rebelde leva a arma e comida na sua bicicleta REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Vista geral de Alepo REUTERS/Omar Sanadiki
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Crianças e edifícios danificados na zona de Alepo controlada pelo regime sírio REUTERS/Omar Sanadiki
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Soldado russo na zona controlada pelo regime sírio REUTERS/Omar Sanadiki
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Fumo na zona de Alepo controlada pelo regime sírio REUTERS/Omar Sanadiki
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Fumo na zona de Alepo controlada pelos rebeldes REUTERS/Omar Sanadiki
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Uma cortina tapa um buraco num edifício destruído REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Civis fogem com os seus bens REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Civis fogem com os seus bens REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Sangue no chão, Alepo REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Fumo na zona de Alepo controlada pelos rebeldes REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Sangue no chão, Alepo REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Soldados do regime sírio REUTERS/Omar Sanadiki
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Rebeldes REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Mulher ferida no bairro de al-Ansari, em Alepo REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Um homem coberto de pó no bairro de al-Ansari, em Alepo REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Um homem coberto de pó no bairro de al-Ansari, em Alepo REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Civis fogem com os seus bens REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Civis fogem com os seus bens REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Civis fogem com os seus bens REUTERS/Abdalrhman Ismail
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Civis e ruínas Reuters
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Um gato em Alepo Reuters

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, anunciou esta quinta-feira a suspensão das operações do exército sírio em Alepo para permitir a retirada de cerca de oito mil civis. Não foi revelada a duração da pausa nos combates e em Washington a notícia foi recebida com cautela.

“Obviamente essa declaração é uma indicação de que algo de positivo pode acontecer, mas temos de esperar para ver se essas posições são reflectidas no terreno”, disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest. Para sábado está marcado um novo encontro entre dirigentes norte-americanos e russos para tentar chegar a um acordo para um cessar-fogo em Alepo que permita a retirada dos rebeldes apoiados por Washington - e a distribuição por parte da ONU de ajuda de emergência a mais de 100 .

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Riabkov, disse à agência Interfax que as duas partes estão perto de um acordo. “Mas quero alertar para expectativas demasiado elevadas”, acrescentou. Menos optimista estava o coordenador humanitário da ONU na Síria, Jan Egeland, que disse que Moscovo e Washington estão em “pólos opostos” no que toca à negociação.

A ofensiva das forças governamentais sírias em Alepo fez mais de 800 mortos e cerca de 3500 feridos nos últimos 26 dias, revelou esta quinta-feira o presidente do conselho local da cidade, Brita Haji Hassan. Só na quarta-feira morreram 61 civis, revelaram os Capacetes Brancos, uma organização de voluntários que prestam primeiros-socorros.

Quando o cerco que aperta os grupos rebeldes se torna cada vez mais forte, multiplicam-se os apelos para que seja decretado um período de tréguas para salvar o que resta da população civil. “Hoje 150 mil pessoas estão ameaçadas pelo extermínio. Apelamos a uma pausa nos bombardeamentos e garantias de passagem segura para todos”, disse Hassan aos jornalistas em Genebra.

Na noite passada, cerca de 150 pessoas, na sua maioria incapacitadas ou a necessitar de tratamento médico, foram retiradas de um hospital na Cidade Velha, que tinha acabado de ser tomado pelo exército sírio.

Apoiado pelos bombardeamentos russos, o exército sírio lançou nas últimas três semanas uma ofensiva em larga escala para tomar a zona leste de Alepo, que nos últimos anos estava sob controlo dos rebeldes que combatem o regime do Presidente Bashar al-Assad. As forças governamentais conseguiram recuperar cerca de 75% do território rebelde, de acordo com algumas estimativas.

Em entrevista ao jornal sírio Al-Watan, Assad excluiu qualquer trégua, insistindo que a conquista da totalidade de Alepo será uma “etapa enorme” para pôr fim à guerra no país.

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