Rússia acusada de abater caça no território da Ucrânia

Autoridades de Kiev dizem que esta é mais uma prova do envolvimento directo de Moscovo no conflito no Leste da Ucrânia.

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Militantes pró-russos em Marinivka, a 100 quilómetros de Donetsk DOMINIQUE FAGET/AFP

As autoridades ucranianas dizem ter provas de que um dos seus caças Su-25, que participava numa operação contra os rebeldes separatistas, foi abatido por um avião russo no Leste da Ucrânia. O embaixador russo nas Nações Unidas, Vitaly Tchurkine, negou a acusação.

O avião ucraniano despenhou-se na noite de quarta-feira e o piloto conseguiu ejectar-se e foi resgatado sem ferimentos, disse aos jornalistas o porta-voz do Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia, Andri Lisenko.

No início da semana, as autoridades de Kiev acusaram Moscovo de ter ordenado o abate de um avião de transporte militar An-26 perto da fronteira com a Rússia, na região de Lugansk. A queda do avião fez dois mortos entre as oito pessoas que seguiam a bordo.

O Governo de Kiev tenta assim provar as alegações de envolvimento directo da Rússia no conflito no Leste do país, que começou há três meses e meio. Moscovo sempre negou o seu envolvimento directo, dizendo que os russos que se encontram a lutar ao lado dos separatistas ucranianos estão lá por iniciativa própria.

Os Estados Unidos e a União Europeia não dizem abertamente que a Rússia tem forças no terreno, mas acusam o Presidente russo, Vladimir Putin, de não fazer nada para travar o conflito. Por esse motivo, Washington e Bruxelas reforçaram nas últimas horas as suas sanções contra Moscovo.

No terreno, a aviação ucraniana voltou na quarta-feira a atacar zonas controladas pelos separatistas. O porta-voz do Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia disse nesta quinta-feira que cinco soldados ucranianos foram mortos nas últimas 24 horas, elevando para quase três centenas o número de vítimas mortais desde o início da operação contra os rebeldes separatistas, a que Kiev chama "operação anti-terrorista".

       

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