Por falta de dinheiro, Roma desiste da candidatura aos Jogos Olímpicos de 2024

"Não iremos hipotecar o futuro da cidade", disse Virginia Raggi.

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Virginia Raggi, presidente da câmara de Roma TIZIANA FABI/AFP

A nova presidente da câmara de Roma, Virginia Raggi, anunciou a retirada da candidatura de Roma à organização dos Jogos Olímpicos de 2024. O estado das contas da cidade estão na origem da decisão, apesar de a justificação oficial se centrar no impacte ambiental.

Considerando que se o fizesse estaria a cometer "uma irresponsabilidade", Raggi, eleita em Junho e defensora durante a campanha eleitoral de que Roma tem outras prioridades, foi dura na forma como justificou a decisão. "Não aos Jogos do betão. Absolutamente não! Não às catedrais no deserto. Não iremos hipotecar o futuro desta cidade", declarou, acrescentando que os Jogos são "uma espécie de sonho que se transforma em pesadelo".

Com a saída de cena de Roma ficam de pé as candidaturas de Paris (França), Budapeste (Hungria) e Los Angeles (EUA) para a organização dos Jogos Olímpicos de 2024, que sucedem aos de Tóquio (Japão), em 2020.

Raggi, eleita em Junho pelo Movimento 5 Estrelas, já tinha expressado dúvidas sobre a capacidade financeira da cidade para organizar um evento como os Jogos Olímpicos. Mas a candidatura, que é apoiada pelo primeiro-ministro, Matteo Renzi, tinha esperanças de que a autarca mudasse de ideias.

O presidente do Comité Olímpico Italiano, Giovanni Malago, já tinha dito que sem o apoio da autarquia, a candidatura de Roma teria de ser retirada.

O Comité Olímpico Internacional escolherá em Setembro de 2017 a cidade-organizadora dos Jogos de 2024, que sucederá a Tóquio, que receberá o evento em 2020.

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