Raides contra o EI na Síria fizeram 1600 mortos em cinco meses

França aumenta participação na coligação contra o autodenominado Estado Islâmico no Iraque.

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Aviões norte-americanos regressam de raides contra o EI no Iraque Reuters

Cinco meses de ataques aéreos contra o autointitulado Estado Islâmico (EI) na Síria fizeram 1600 mortos, na grande maioria combatentes do grupo islamista, segundo uma organização síria.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, com sede em Londres, que desde o início da guerra na Síria se esforça por contabilizar as vítimas do conflito, diz que a esmagadora maioria dos mortos nos raides internacionais pertenciam ao EI e a outro grupo radical, a Frente Al-Nusra, que diz ser leal à Al-Qaeda (1465 mortos do primeiro, 73 do segundo). O número de vítimas civis será de 62.

Os ataques aéreos contra o EI começaram no final de Setembro na Síria, quando já decorriam no Iraque desde o início de Agosto. O Egipto lançou recentemente ataques a alvos na Líbia.

No Iraque, a coligação liderada pelos EUA ganhou esta segunda-feira um reforço da presença francesa com o destacamento de um porta-aviões para a região, que permitirá diminuir para cerca de metade o tempo que os aviões com base nos Emirados Árabes Unidos demoram até atingir os alvos na região.

A França é um dos principais países da coligação que leva a cabo ataques aéreos contra o EI e foi um dos primeiros a juntar-se aos ataques aéreos com nove aviões Rafale estacionados nos Emirados e seis Mirage na Jordânia, além de ter ainda uma patrulha marítima e um avião de reabastecimento. O porta-aviões "Charles-de-Gaulle", agora na região, leva mais 12 aviões Rafale e nove Super Étendard.

Os aviões franceses levaram a cabo até agora cerca de 100 missões de reconhecimento e o mesmo número de ataques no Iraque em apoio ao exército iraquiano e aos combatentes peshmerga do Curdistão desde meados de Setembro, segundo fontes do ministério francês da Defesa.

A coligação que luta contra o EI no Iraque e na Síria fez mais de 2000 raides contra desde Agosto, com a França e outros países como a Austrália a encarregarem-se dos ataques sobre o Iraque e vários países árabes a centrarem-se na Síria. A aviação norte-americana opera em ambos os países.

Tem sido excluída pelos países da coligação qualquer operação que envolva soldados no terreno, mas os EUA enviaram consultores e peritos para treinarem as forças iraquianas que, espera-se, tentarão reconquistar grandes cidades iraquianas dominadas pelo EI, em especial Mossul, em Abril ou Maio.

Na Síria, um acordo entre EUA e Turquia incluiu também cooperação para dar treino a rebeldes que combatam contra o EI.

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