“Pusemos o nosso peso ao serviço do planeta”

Três perguntas ao embaixador de França em Portugal, Jean-François Blarel.

Vai haver acordo em Paris ou teremos uma nova Copenhaga?
Temos 196 países no mundo e 147 vão estar representados por chefes de Estado e de Governo. É uma resposta enorme a um problema global. As negociações estão avançadas, estamos confiantes. Evidentemente, não podemos saber o que vai acontecer no último dia.

Os ataques terroristas podem influenciar o resultado da conferência?
Todos os chefes de Estado e de Governo que tinham dito “vou estar” confirmaram a sua presença. O reforço da segurança não impede uma participação alargada de alto nível. Serão mantidas todas manifestações em espaços fechados. Vamos ter mais de 300 eventos paralelos. Mas uma influência dos atentados nas negociações em si, não creio.

Que esforço diplomático foi aplicado na preparação?
Fizemos, juntamente com o Peru [que organizou a última conferência climática da ONU], um esforço enorme. Multiplicámos as reuniões e os tipos de reuniões: com empresários, banqueiros, cientistas, líderes religiosos, cidadãos. Sem a pressão para que os países tivessem preparadas as suas contribuições nacionais, teria sido muito difícil. França propôs-se fazer esta conferência porque, sendo um país com uma rede diplomática importante, que é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, tem um peso particular. Pusemos este peso à disposição do planeta.

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