Proposta de lei de controlo de armas enfraquecida antes de votação

Congressistas norte-americanos vão desistir da proposta de proibir as chamadas "armas de assalto".

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Harry Reid disse que a proposta era apoiada por apenas 40 em 100 senadores T.J. Kirkpatrick/AFP

Os congressistas norte-americanos vão desistir da proposta de proibir as chamadas “armas de assalto”, deixando muito enfraquecida a iniciativa de controlo de armas nos EUA que se seguiu ao massacre na escola primária de Sandy Hook.

A senadora democrata Dianne Feinstein afirmou que a sua proposta seria retirada da lei de controlo de armas de fogo, que resultou de recomendações de um painel independente constituído depois do massacre de Sandy Hook, em Newtown, e que poderia ser acrescentada como emenda separada.

A razão da retirada é que não há votos suficientes para a sua aprovação, como explicou o líder dos democratas no Senado, Harry Reid. O plano ainda agora passou um painel de senadores por uma margem mínima, o que deixou claras as fracas possibilidades de vir a ser aprovado na votação na câmara. Menos de 40 entre 100 senadores apoiam a proibição destas armas de tipo militar, justificou Reid.

“Tentei o meu melhor. Lamento”, disse Feinstein.

Os defensores de maior controlo preferem assim deixar esta proposta de lado e seguir com as restantes: exames de saúde mental e verificação de cadastro, penas mais duras para tráfico de armas, e mais verbas para segurança nas escolas.

Mais armas em Newtown
Foi precisamente uma “arma de assalto” que foi usada no massacre de Newtown, Connecticut, em Dezembro, que fez 26 vítimas (20 das quais eram crianças) numa escola primária. A proibição era apoiada, segundo sondagens, pela maioria dos americanos. Mas no Congresso, a pressão do lobby de armas terá sido maior.  

Por outro lado, em Newtown, registou-se uma grande subida nos pedidos de porte de arma desde o massacre na escola de Sandy Hook: desde Dezembro houve 79 pedidos numa cidade que tem concedido 130 licenças por ano.

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