Produtos testados na UE revelaram presença de menos de 5% de carne de cavalo

Comissão Europeia revela resultados de restes realizados nos 27 Estados-membros da UE.

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A Comissão Europeia afasta a hipótese se existir um risco para a segurança alimentar THOMAS SAMSON/AFP

Menos de 5% de carne de cavalo foi detectada em produtos testados na União Europeia no âmbito das acções de controlo lançadas após os casos polémicos de produtos com carne de vaca adulterados, anunciou esta terça-feira a Comissão Europeia em comunicado. Bruxelas concluiu que não são necessárias mais medidas de segurança alimentar mas reforçar as penalizações nos casos de rotulagem fraudulenta de alimentos.

Em comunicado, a Comissão Europeia indica que foram realizados 7259 testes pelas autoridades competentes dos 27 países da União Europeia. Destes testes, 4144 foram realizados para determinar a presença de carne de cavalo e 3115 para detectar em carcaças de cavalos a presença de fenilbutazona, um medicamento anti-inflamatório administrado frequentemente em animais.

Recolhidos todos os dados relativos aos mais de 7000 testes, foi confirmado que 193 amostras (4,66%) revelaram resultados positivos para a presença de ADN de cavalo e 16 (0,51%) confirmaram a existência de fenilbutazona.

O número de testes realizados para confirmar a extensão do problema de rotulagem enganosa variou entre dez a 150 amostras, dependendo do tamanho do Estado-membro e os seus hábitos de consumo.

“As descobertas feitas confirmaram que se trata de um assunto de fraude alimentar e não segurança alimentar. Restaurar a confiança dos consumidores europeus e dos parceiros comerciais na nossa cadeia alimentar após o escândalo da rotulagem fraudulenta é agora de importância vital  para economia europeia”, defende o comissário europeus para a Saúde e Consumidores, Tonio Borg.
 
Conhecidos os resultados, foi agendada uma reunião entre a Comissão Europeia e especialistas de cada Estado-membro para a próxima sexta-feira para discutir se deve ser prolongado o plano europeu acordado no dia 19 de Fevereiro, para investigar os casos de produtos adulterados e determinar medidas que recuperem a confiança dos consumidores.

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