Canadiano coordenou ataque ao complexo de In Amenas

Três militantes islamistas foram capturados, foi possível confirmar a morte de 46 reféns no total e de 29 militantes islamistas. Ainda há sete desaparecidos

Foto
O primeiro-ministro argelino disse que ainda há mortos por identificar Canal Algérie/AFP

O primeiro-ministro da Argélia, Abdelmalek Sellal, acaba de confirmar a morte de 37 reféns estrangeiros, nove argelinos e de 29 militantes islamistas no sequestro do campo de gás natural de In Amenas. Um islamista com documentos de nacionalidade canadiana era o líder: "Havia um canadiano entre os militantes. Era ele quem coordenava o ataque", afirmou o governante.

Na operação militar de domingo, que permitiu ao Governo de Argel recuperar a autoridade sobre o complexo, foram detidos três terroristas e recuperados 25 reféns. Sete funcionários internacionais continuam oficialmente desaparecidos.

Uma grande quantidade de explosivos e armamento foi encontrada: segundo explicou o governante, o objectivo dos militantes seria fazer explodir as instalações, pelo que a ofensiva militar se tornou inevitável.

O campo de gás natural de In Amenas é explorado em regime de joint-venture pela argelina Sonartach, a petrolífera britânica BP e a Statoil da Noruega.

Segundo Abdelmalek Sellal, além dos 37 funcionários de oito diferentes nacionalidades, também foram mortos nove funcionários argelinos. Algumas das vítimas ainda estão por identificar.

Sete reféns japoneses foram mortos, e três estão ainda desaparecidos. "Entre as 37 vítimas, há sete ainda não identificadas", adiantou o primeiro-ministro argelino.

Os militantes, que terão entrado no país a partir do Norte do Mali, eram originários da Tunísia, Egipto, Mali, Mauritânia e Niger, além de argelinos.

O ataque foi reivindicado pelo conhecido jihadista argelino Mokhtar Belmokhtar, um senhor da guerra do Sara que ilude as autoridades internacionais há mais de três décadas.
 
 
 

Sugerir correcção
Comentar