Polícia identifica atirador de Washington e acredita que este agiu sozinho

Tiroteio desta segunda-feira fez 13 mortos, entre os quais o atirador. Alexis Aaron entrou num importante edifício da Marinha e disparou indiscriminadamente contra as pessoas no átrio e cafetaria.

O cerco à zona do ataque durou várias horas
Fotogaleria
O cerco à zona do ataque durou várias horas Mandel NGAN/AFP
Alexis Aaron tinha 34 e era do Texas
Fotogaleria
Alexis Aaron tinha 34 e era do Texas

O homem identificado pelo FBI como autor suspeito do tiroteio de segunda-feira no edifício da Marinha dos EUA em Washington é Alexis Aaron, tem 34 anos e veio de Fort Worth, no Texas, embora estivesse agora a residir em Washington. Foi em tempos reservista da Marinha, mas afastado em 2011 depois de vários episódios disciplinares, segundo um responsável da Marinha ouvido pela Reuters. Na sua história, constam também problemas com a polícia. Em 2010, escreve a AP, foi detido por suspeita de disparar uma arma.

Os responsáveis pela investigação anunciaram ao início da noite nos EUA que só havia um atirador e não dois como inicialmente suspeitavam. A hipótese foi afastada sem ser completamente excluída. “Não temos nenhuma prova nem indicação da existência de um outro atirador, mesmo se não excluímos totalmente essa hipótese”, declarou o presidente da câmara de Washington, Vincent Gray.

É essa a convicção da polícia que, no âmbito da investigação, procura pessoas relacionadas com o autor do ataque e tenta reunir elementos que expliquem as motivações do atirador para o ataque. Alexis Aaron estava armado de uma espingarda de assalto AR-15 e mais duas armas, entre as quais uma pistola, quando entrou no edifício-sede do Comando de Sistemas Navais, onde trabalham cerca de três mil pessoas.

Eram 8h20 da manhã em Washington (12h20 em Portugal) quando entrou no edifício, depois de ter acedido às instalações exteriores na viatura que usava como empregado de uma empresa de fornecimentos à Marinha. Já dentro do edifício, a partir de um piso superior que dá para um átrio, começou a disparar indiscriminadamente sobre as pessoas que tomavam o pequeno-almoço, relata o New York Times.

Foi o mais grave tiroteio numa instalação militar desde o assassínio de 13 militares na base de Fort Hood no Texas em 2009, nota a AFP.

“Acto cobarde”, diz Obama
Numa declaração ao país, o Presidente Barack Obama denunciou o “acto cobarde” e prometeu uma “investigação completa” para responsabilizar os seus autores. Depois lembrou as vítimas: “São homens e mulheres que iam para o emprego, fazer o seu trabalho, proteger-nos a todos nós. São patriotas que conhecem os perigos de servir [em missões] no estrangeiro mas hoje fizeram face a uma violência inimaginável que não esperariam no seu próprio país”. Na Casa Branca, a bandeira foi colocada a meia-haste em "sinal de respeito pelas vítimas de um acto de violência sem sentido".

O Washington Navy Yard é um antigo estaleiro no sudeste da capital dos EUA, que serve agora como quartel-general de alguns serviços da Marinha norte-americana, não muito distante da Casa Branca.

O espaço aéreo chegou a estar encerrado, durante duas horas, afectando os voos que chegavam e saíam do Reagan National Airport. As seis escolas mais próximas do local também foram encerradas, por precaução.

 
 
 
 
 

Sugerir correcção
Comentar