Piers Morgan atirou-se ao lobby das armas e agora o lobby das armas quer expulsá-lo dos EUA

O apresentador britânico da CNN chamou "estúpido", "idiota" e "perigoso" a um convidado pró-armas. Resposta: uma petição exige a sua deportação.

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O apresentador britânico é um defensor do controlo das armas nos EUA DR

Mais de 59 mil pessoas assinaram uma petição colocada no site da Casa Branca, exigindo que o apresentador britânico de um talk show na estação americana CNN, Piers Morgan, seja deportado por ter feito comentários a favor do controlo de armas.

Na semana passada, Morgan criticou fortemente convidados pró-armas no seu programa, depois do massacre na escola primária de Sandy Hook, em Newtown, Connecticut, em que um atirador matou 26 pessoas, incluindo 20 crianças, depois de matar a própria mãe.

“Exigimos que o Sr. Morgan seja imediatamente deportado devido aos seus esforços para subverter a Constituição e por utilizar a sua posição de apresentador de televisão num canal nacional para lançar ataques contra os direitos dos cidadãos americanos”, lê-se na petição disponível online.

Lançada a 21 de Dezembro por um homem identificado como Kurt N, de Austin, Texas, a petição acusa Morgan de atacar a segunda emenda da Constituição que garante o direito ao porte de arma.

Qualquer cidadão americano pode publicar uma petição no site da Casa Branca se conseguir recolher um mínimo de 25 mil assinaturas em menos de 30 dias. A Casa Branca é depois obrigada a emitir uma resposta.

Morgan chamou “idiota”, “perigoso” e “homem incrivelmente estúpido” ao convidado Larry Pratt, director executivo da associação Gun Owners for America, quando este defendeu que eram necessárias mais armas para combater o crime nos Estados Unidos. O momento está disponível no site da CNN.

“Estou-me nas tintas para uma petição a pedir a minha deportação. O que importa são os desgraçados dos bombeiros de Nova Iorque que foram mortos e feridos num ataque com armas hoje. #GunControlNow”, escreveu Morgan na sua conta de Twitter na segunda-feira, referindo-se ao homem que matou dois bombeiros, na véspera de Natal, no estado de Nova Iorque, quando combatiam um incêndio.
 

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