Pegida apela a manifestações anti-islão na Europa para este sábado

O grupo alemão de extrema-direita procura alargar a sua influência na Europa. Apelou a manifestações em 14 países europeus.

Foto
O Pegida nasceu na Alemanha mas está a expandir-se Wolfgang Rattay/Reuters

O movimento alemão de extrema-direita Europeus Patrióticos contra a Islamização do Ocidente (Pegida) apelou a manifestações anti-islão em 14 países europeus – Alemanha, Áustria, Bélgica, França, Polónia, Reino Unido, República Checa, Suíça, entre outros - para este sábado, 6 de Fevereiro, avança o jornal francês Le Monde.

Este apelo foi lançado na sequência de um encontro realizado na República Checa, organizado por um grupo xenófobo e anti-europeu checo, no passado dia 23 de Janeiro. Nesse encontro, participou o fundador do Pegida, Lutz Bachmann, assim como representantes de vários grupos de extrema-direita de vários países europeus, com o objectivo de coordenar manifestações contra a “islamização da Europa”.

A actual crise de refugiados na Europa tem contribuído para o crescimento significativo de grupos de extrema-direita. O Pegida é o maior exemplo.

Formado há pouco mais de um ano, o grupo anti-imigração e anti-islão tem conseguido juntar milhares de apoiantes nas suas manifestações, com forte incidência na cidade de Dresden, na Alemanha. Numa altura em que a maioria dos alemães tem criticado a política para os refugiados da chanceler alemã, Angela Merkel, o Pegida tem aproveitado a oportunidade para aumentar o seu número de apoiantes.

O grupo procura agora alargar a sua influência a outros países europeus, e o apelo às manifestações em diversas cidades europeias vai nesse sentido.

Em França, vários grupos de extrema-direita aderiram ao apelo do Pegida, estando previstas manifestações para as cidades de Bordéus, Montpellier, Rungis, Calais e Saint-Brieuc, segundo informações do Le Monde. A polícia britânica alertou para a possibilididade de cerca de 300 manifestantes se juntarem em Birmingham, Reino Unido, afirma o tablóide britânico Birminghammail.

Entretanto, o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, anunciou a proibição da manifestação do ramo francês do Pegida em Calais por “possíveis desacatos à ordem pública”, já que nesta cidade estão concentrados muitos migrantes e refugiados que tentam seguir viagem para o Reino Unido. Apesar desta decisão, o líder da filial francesa do Pegida, Loïc Perdriel, confirmou à RT France que o grupo não vai cumprir a decisão.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários