Pedro Sánchez é o novo líder dos socialistas espanhóis

O madrileno Pedro Sánchez venceu as primeiras eleições abertas do PSOE.

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Segundo anunciou o secretário do PSOE (Partido Socialista Operário, Espanhol) na noite deste domingo, Pedro Sánchez tinha 49% dos votos, quando estavam escrutinados 88% dos boletins.

Os outros dois concorrentes, Eduardo Medina e José António Perez Tapias, ficavam-se, respectivamente, por 36% e 15% dos votos.

Pedro Sánchez, 42 anos, madrileno, professor de Economia e deputado, até aqui pouco conhecido publicamente, já tinha sido o que maior número de assinaturas de apoio recolhera na fase da apresentação de candidaturas.

Apresenta-se como “militante de base”, que até há “ano e meio não estava na política” – uma afirmação que faz tábua rasa do seu anterior envolvimento na política local madrilena.

A tarefa que espera o novo líder dos socialistas espanhóis é “enorme”, como disse o líder cessante, Alfredo Pérez Rubalcaba, ao anunciar a demissão, na sequência da derrota eleitoral de 25 de Maio.

As últimas eleições deixaram clara a incapacidade socialista para capitalizar o descontentamento provocado pelos danos sociais da crise e evidenciaram o divórcio de uma parte significativa do seu eleitorado tradicional.

O pior resultado da história do partido, 23%, mais não fez do que confirmar que muitos eleitores deixaram de se rever no PSOE e acentuar uma tendência que os números confirmam de forma crua – 11 milhões de votos nas últimas eleições legislativas que venceu, em 2008, três milhões e meio em Maio passado.

O rumo da nova liderança é determinante quer para o espaço político da esquerda – o mau resultado nas europeias foi acompanhado da irrupção do movimento Podemos, com perto de 10% –, quer para o sistema político espanhol. As duas grandes forças partidárias tradicionais, o PP, de direita, actualmente no poder, e o PSOE somavam habitualmente cerca de 80% do eleitorado. Em Maio não chegaram aos 50%.

 


 

 

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