O primeiro-ministro Passos Coelho e a presidente da Assembleia da República Assunção Esteves vão estar presentes na marcha silenciosa que está marcada para domingo, em Paris, em solidariedade com as vítimas ao atentado contra o semanário Charlie Hebdo, na qual também já confirmaram presença outros líderes europeus.

Oficialmente, Portugal estará ainda representado na marcha pela presidente da Assembleia da República onde, sexta-feira, foi aprovado por unanimidade um voto de condenação e pesar pelo atentado ao jornal francês.

Em nome do grupo parlamentar do PSD irá desfilar em Paris o deputado Carlos Gonçalves. Pelo CDS, estará em Paris o deputado Telmo Correia. O grupo parlamentar do PS será representado pelo deputado Paulo Pisco. Em representação do Bloco de Esquerda estará na manifestação Francisco Louçã, que desfilará junto à Front de Gauche. Também o PCP se fará representar na manifestação em Paris ou por um deputado à Assembleia da República ou por um deputado ao Parlamento Europeu. 

Além do chefe de Governo português, os homólogos espanhol, Mariano Rajoy, o italiano, Matteo Renzi, o britânico, David Cameron, o belga, Charles Michele, e a chanceler alemã, Angela Merkel vão desfilar ao lado do Presidente e primeiro-ministro franceses, François Hollande e Manuel Valls, entre a Place de la République e a Nation, em Paris, a partir das 15h00. Também o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, confirmou sua presença.

Passos Coelho tinha presença marcada, este domingo, no encerramento do congresso do PSD-Madeira, que irá confirmar a eleição do novo líder Miguel Albuquerque, mas irá apenas participar na sessão de abertura dos trabalhos este sábado.

Antes da marcha, haverá uma reunião ministerial internacional convocada pelo ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, para debater a luta contra o terrorismo e a questão dos combatentes extremistas estrangeiros. No encontro vão estar o comissário Europeu para a Migração, Assuntos Internos e Cidadania, Dimitris Avramopoulos, os ministros do Interior europeus e o procurador-geral dos Estados Unidos. Os trabalhos começam às 11h00 locais (10h00 de Lisboa).

Cerca de duas horas depois está previsto que o ministro do Interior francês leia uma declaração conjunta resultante do encontro ministerial e em seguida decorrem conferências de imprensa de Bernard Cazeneuve, Dimitris Avramopoulos e outros ministros.

Segue-se a marcha, convocada após uma reunião entre os líderes dos partidos socialista, comunista, d'Os Verdes, Movimento Republicano e Cidadão, e Partido Radical de Esquerda.

Na caminhada de domingo contra o terrorismo são esperadas mais de um milhão de pessoas e o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, anunciou que o plano de vigilância vai ser reforçado com mais 320 militares, que se junta ao já elevado dispositivo policial.