Partido de Merkel à frente na Alemanha, Syriza na Grécia

Sondagens à boca das urnas dão ainda bom resultado ao partido anti-euro AfD na Alemanha e ao neonazi Aurora Dourada na Grécia. Extrema-direita também cresce na Áustria.

Foto
Merkel na campanha do seu partido para as europeias Roland Weihrauch/AFP

As urnas começam a fechar e começam a sair projecções à boca das urnas. No caso da Alemanha e da Grécia, não houve grandes surpresas em relação ao que foram prevendo as sondagens.

Na Alemanha, o partido da chanceler foi o mais forte segundo as sondagens à boca das urnas, embora tenha descido em relação às legislativas de Setembro do ano passado, obtendo 36% (nas legislativas os demcoratas-cristãos conseguiram 41,5%). O partido Social-Democrata, que no início do ano entrou numa “grande coligação” com os democratas-cristãos da chanceler, terá obtido 27,5%. O cabeça de lista do grupo Socialistas & Democratas às europeias (e assim candidato à presidência da Comissão Europeia) é o alemão Martin Schulz, do SPD.

A ter em conta é o bom resultado do partido anti-euro Alternativa para a Alemanha (AfD), que defende o fim da polícia de resgates e um euro num núcleo mais pequeno de países, ou mesmo a saída da Alemanha. Este resultado de 6,5%, segundo as sondagens à boca das urnas, poderá dar-lhes 6 entre os 96 eurodeputados da Alemanha (com base nas sondagens à boca das urnas a CDU deverá ter 37 e o SPD 27).

As duas sondagens divulgadas começam a divergir nos partidos seguintes, mas nunca por mais de meio ponto percentual. Verdes com cerca de 11% Die Linke (A Esquerda) com cerca de 8%, Liberais com apenas 3%. Partidos mais pequenos têm pela primeira vez a hipótese de entrar no Parlamento Europeu com o fim da barreira de um mínimo de 3% e o partido de extrema-direita NPD (Partido Nacional-Socialista) deverá assim conseguir eleger um eurodeputado.

A participação, que nas europeias de 2009 foi de 43,3%, terá subido para 48%, segundo as estimativas.

Syriza à frente na Grécia

Outro país em que as urnas já fecharam é a Grécia (às 19h locais, mais duas do que em Lisboa). As sondagens à boca das urnas da televisão estatal grega apontam para uma vitória do Syriza (Coligação de Esquerda Radical), com um resultado entre os 26 e os 30%, podendo eleger sete eurodeputados.

O partido Nova Democracia (conservadores) aparece em segundo lugar, com uma margem de votos entre os 23 e os 27% – equivalente a seis eurodeputados – seguido do Aurora Dourada (neonazi) que alcança um resultado entre os oito e os 10% e a possibilidade de eleger dois eurodeputados.

A coligação Oliveira, que inclui o PASOK (socialistas), poderá eleger apenas um deputado, obtendo entre 7 e 9% dos votos. O Partido Comunista (5 a 7%), o recém-formado To Potami (5 a 7%) e os Gregos Independentes, de extrema-direita, (3,5 a 5%) também conseguiram assegurar um eurodeputado. Em aberto está ainda a possibilidade de o Dimar (esquerda) conseguir eleger um eurodeputado.

O líder do Syriza, Alexis Tsipras, é o candidato da Esquerda Europeia para presidir à Comissão Europeia.

Em 2009, o PASOK foi o partido mais votado, com 36% dos votos, seguido do Nova Democracia, com 32%. Na altura, o Syriza não passou dos 4,7%.

Extrema-direita cresce na Áustria 

Na Áustria, a extrema-direita deverá crescer em relação às últimas eleições europeias, de acordo com uma sondagem da televisão pública, quando foram contados 90% dos votos.

O FPÖ deve obter o terceiro lugar, com 19,5% dos votos (quatro eurodeputados), atrás do SPÖ (sociais-democratas), com 23,8%, e do ÖVP (conservadores), que deverá vencer com 27,5%. Ambos devem conseguir eleger cinco eurodeputados.

Os Verdes, com 15%, elegem quatro eurodeputados, e o NEOS (liberais), com 8,3%, devem conseguir um. 

Sugerir correcção
Comentar