Parlamento israelita vota contra legalização de colonatos selvagens

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Protesto contra o chumbo da nova lei dos colonatos AHMAD GHARABLI/AFP

O parlamento israelita rejeitou, com uma larga maioria, uma proposta de lei que autorizava a posteriori as habitações de colonatos construídos em terras privadas palestinanas.

A proposta visava contornar uma decisão do Supremo Tribunal que ordenou o desmantelamento de cinco casas construídas num terreno palestiniano privado no colonato de Beit El, perto de Ramallah, na Cisjordânia. Mas o texto foi chumbado com 69 votos (num total de 120 deputados apenas 22 votaram a favor da nova lei).

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que alertou para as repercussões internacionais no caso de a lei ser aprovada, endureceu o tom contra os representantes do lobby dos colonos que integram a sua coligação, ameaçando demitir os ministros que votassem a favor da lei.

Dois ministros próximos dos colonos, Youli Edelstein e Daniel Herschkowitz, que tinham expressado a intenção de votar a favor da lei, acabaram por não participar na votação.

Netanyahu propôs como plano alternativo a transferências das quatro casas para “um sector vizinho onde não há problemas relacionados com o terreno”, segundo explicou à AFP um alto responsável governamental.

Aos olhos da comunidade internacional, todos os colonatos são ilegais, tenham eles sido autorizados pelo governo israelita ou não.

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