Papa pede "humildade" e a recusa da "vaidade, do orgulho e do êxito"

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Depois da celebração, o Papa cumprimenta os cardeais AFP/VINCENZO PINTO

O papa disse que "o estilo" dos cristãos deve ser o da humildade e não o da "vaidade, do orgulho e do êxito", durante a celebração do Domingo de Ramos, que assinala a entrada de Jesus em Jerusalém, para a celebração da Páscoa judaica.

A humildade é um "estilo que nunca deixará de nos surpreender e de pôr-nos em crise”, disse neste domingo, Francisco durante a homilia de celebração litúrgica da festividade que dá início à Semana Santa.

Em contraposição a esse “estilo” a que se referiu, o Papa salientou o exemplo de “outra via, contrária ao caminho de Cristo: a mundanidade”, que oferece “o caminho da vaidade, do orgulho e do êxito”.

Francisco recordou que esta outra via “o maligno também a propôs a Jesus durante 40 dias no deserto”. “Mas Jesus recusou-a sem duvidar”, sublinhou. “E também nós podemos vencer esta tentação, não apenas nas grandes ocasiões, como também nas circunstâncias comuns da vida”, propôs.

O chefe da Igreja Católica elogiou o exemplo de “muitos homens e mulheres que, em silêncio e sem se fazerem ver, renunciam todos os dias a si mesmos para servir os outros: um familiar doente, um velho sozinho ou uma pessoa com incapacidade”

Houve ainda tempo para lembrar os cristãos que são perseguidos pela sua fé, "os mártires dos dias de hoje". O Papa convidou a multidão que se reuniu na Praça de São Pedro para recordar os "nossos irmãos e irmãs que são perseguidos por serem cristãos". Tal tem acontecido não só na Síra, mas também em países asiáticos, como a Índia ou a China.

Durante a oração do Angelus, ao meio-dia, o Santo Padre pediu à Virgem Maria que "acolha as vítimas da tragédia de aviação de terça-feira, entre os quais o grupo de jovens estudantes alemães" que viajavam de Barcelona para Dusseldorf. Neste acidente morreram todas as 150 pessoas que seguiam a bordo do avião da Germanwings.

Papa lembrou na sua homilia os momentos mais importantes dos actos da Semana Santa, que agora se inicia, como “o desprezo dos chefes do povo” por Jesus, a “traição de Judas” e os “insultos das pessoas”.

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