Opositores do casamento gay pedem ao Supremo que suspenda cerimónias

Organizações contestam a realização de casamentos em São Francisco e Los Angeles logo a seguir à decisão judicial não dando tempo para um novo recurso.

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Dezenas de casamentos foram celebrados na sexta-feira em São Francisco JOSH EDELSON/AFP

Depois de na quarta-feira o Supremo Tribunal dos Estados Unidos ter revogado a proibição do casamento gay na Califórnia, permitindo a um tribunal federal levantar a suspensão temporária na sexta-feira, os primeiros casamentos começaram a ser celebrados logo nesse dia em São Francisco e Los Angeles.

No sábado, organizações que militam a favor da interdição do casamento gay anunciaram ter interposto um pedido junto do Supremo Tribunal para que suspenda de imediato esses casamentos.

A ProtectMarriage.com ou a Alliance Defending Freedom, entre outras, tinham reagido ao levantamento da proibição como “uma desgraça para a Califórnia”. Agora dizem que a realização dos casamentos foi precipitada e que, após a decisão do Supremo, um período de 25 dias, prazo previsto para a entrega de um eventual recurso, devia ter sido respeitado.  

Especialistas em questões de Direito ouvidos pela AP prevêem que esta moção não tenha efeito, uma vez que os tribunais federais, como o tribunal de recurso do 9.º círculo de São Francisco que determinou a “dissolução imediata” da proibição dos casamentos, tem autonomia de decisão sobre a aplicação das ordens.

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